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Saiba por que a ‘vovó Obama’ é importante na rotina da Casa Branca

Aos 77 anos, Marian Robinson ajudou a criar as filhas do casal Obama e “humaniza” o atribulado dia a dia na Casa Branca do homem mais poderoso do mundo

Por Da Redação
21 jun 2015, 09h35

A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, desembarcou nesta semana em Londres acompanhada de suas duas filhas, Natasha e Malia, e da mãe, Marian Robinson. A aparição pública da matriarca causou não surpresa na imprensa local, já que Marian deixou para trás seu estilo mais reservado e passou a aparecer mais ao lado de sua filha e netas. Agora que ela entrou definitivamente sob os holofotes que cercam o casal presidencial, e sua função na Casa Branca voltou a ser discutida por analistas políticos, que ressaltam sua importância para a unidade da família Obama.

Nascida em 1937, Marian cresceu junto de seis irmãos em meio à segregação racial de Chicago, em Illinois. Ela não cursou nenhuma faculdade e se casou na década de 1960 com Fraser C. Robinson III, um ex-boxeador e soldado que trabalhou durante toda a vida supervisionando caldeiras na estação de tratamento de água municipal. Da união nasceram Michelle e Craig, que foram criados em uma modesta casa na região sul de Chicago. Marian, à época uma dona de casa, valorizava o papel da formação educacional e conseguiu que ambos os filhos estudassem na Universidade de Princeton.

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Embora o marido tenha morrido em 1991, vítima de esclerosa múltipla, a mãe de Michelle relutou em deixar a acanhada casa em Chicago para se mudar junto com a filha e Barack Obama para a Casa Branca. Em 2009, ela disse à CBS que estava sendo “arrastada” até a residência presidencial. “Eu não estou confortável com isso. Mas farei exatamente o que precisa ser feito”, afirmou. Decorridos quase seis anos e meio da entrevista, o jornal Daily Telegraph destaca que Marian, hoje com 77 anos, está muito mais feliz em Washington. Por não estar em evidência na mídia e dificilmente ser reconhecida como a avó da família Obama, ela tem facilidade para se locomover livremente e deixar a Casa Branca sem precisar da proteção do serviço secreto.

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“É importante lembrar que a Casa Branca é um lugar bizarro. A família Obama tem segurança durante 24 horas e está cercada por funcionários em todo momento. Eles são analisados por um microscópio. Acredito que Marian atua como uma presença tranquilizadora. Barack Obama fala muito sobre como ele gosta de tê-la por perto na Casa Branca. Ele também diz que o fato de Marian conseguir sair de lá abre a possibilidade para que ela traga histórias reais para dentro da Casa Branca. Ela é uma presença humana naquele ambiente”, analisa Peter Slevin, escritor que lançou há algumas semanas uma biografia sobre Michelle Obama.

A presença de Marian também foi vital para que o casal Obama pudesse se dedicar à política. Ela deixou o trabalho como secretária em um banco ao longo da campanha presidencial que levou Barack ao primeiro mandato para cuidar de Natasha e Malia, então duas crianças pequenas. As netas, hoje adolescentes, não precisam mais da avó para voltar da escola ou para ouvir histórias de ninar. Elas, no entanto, recebem de Marian toda a atenção e o suporte que precisam durante as viagens internacionais em que Barack e Michelle devem se dedicar à agenda presidencial. Marian já visitou o Senegal, Tanzânia, China e Itália com as netas. Nesta semana, em Londres, ela acompanhou a filha e tomou chá com o príncipe Harry.

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Formação – Outro ponto de destaque que deve ser atribuído a Marian é a formação intelectual e a preocupação de Michelle com as minorias. Com o segundo mandato do marido chegando ao fim, a primeira-dama tem se engajado cada vez mais no combate ao racismo e na defesa dos direitos civis dos negros. Em 2009, na última visita que fez a Londres, Michelle fez um discurso motivacional para estudantes de uma escola só para meninas. Nesta terça-feira, ela se dirigiu a outro colégio feminino da cidade, cuja maioria das estudantes é muçulmana e originária de Bangladesh. Michelle disse às meninas que elas poderão ter “tudo ao seu alcance” se estudarem com empenho. “Garotas como vocês me inspiram todos os dias”, declarou, segundo o jornal The Guardian.

Para o biógrafo Peter Slevin, a criação que Michelle recebeu de Marian foi fundamental para a primeira-dama criar tamanha empatia com as causas das minorias. “Está muito claro que os valores da mãe, as lições que ela passou a Michelle durante seu crescimento na região sul de Chicago, são partes essenciais de quem ela é hoje. Se pensarmos em como Michelle tem enfatizado a questão da educação, especialmente nesta viagem a Londres, é possível identificar que esta foi uma mensagem muito poderosa em sua vida – e muito comum no crescimento de vários negros americanos”, afirmou o escritor.

Saúde – As semelhanças entre Michelle e a mãe estão presentes até mesmo no estilo de vida adotado por elas. Apesar da idade avançada, Marian é bastante ativa fisicamente. Em 1997, ela ganhou uma medalha de ouro nas corridas de 50 e 100 metros das Olimpíadas para idosos de Illinois, mas abandonou o esporte após sofrer uma lesão que a deixou menos competitiva. “Se eu não posso correr rápido, então eu não correrei mais. Você não corre só por correr – você corre para vencer”, disse Marian, em uma entrevista à O Magazine, da apresentadora Oprah Winfrey.

Assim como a mãe, Michelle prioriza uma vida saudável. Ela possui uma rotina intensa de exercícios físicos e coordena o movimento Let’s Move, cujo objetivo é combater a obesidade nos Estados Unidos. Em fevereiro do ano passado, a primeira-dama colocou o marido e o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para se exercitar pela Casa Branca num vídeo promocional da campanha. Michelle também fez o mandatário americano jurar que largaria o vício em cigarros. Mas, aparentemente, ele não tem cumprido a promessa que fez à mulher.

(Da redação)

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