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Rússia volta a atacar arredores de Kiev semanas após retirada da região

Alvo principal foi um centro de fabricação e reparo de mísseis antinavio, segundo Ministério da Defesa russo, que anunciou nova ofensiva em toda a área

Por Da Redação 15 abr 2022, 13h26

Duas semanas após retirar suas tropas da região de Kiev e concentrar forças no sul e no leste da Ucrânia, a Rússia voltou a bombardear os arredores da capital ucraniana nesta sexta-feira,15, anunciando uma nova ofensiva em toda a área.

“O número e a escala de ataques com mísseis a alvos em Kiev aumentarão em resposta a quaisquer ataques terroristas ou atos de sabotagem em território russo cometidos pelo regime nacionalista de Kiev”, afirmou o Ministério da Defesa russo.

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Nesta sexta-feira, a Ucrânia atacou mais de 20 prédios e uma escola em um vilarejo no sudeste da Rússia, em uma região perto da fronteira, segundo a agência de notícias russa Tass. Poucas horas antes, o governo da cidade russa de Belgorod, a 40 quilômetros da fronteira, afirmou que tropas ucranianas também fizeram uma incursão. O governo de Kiev não se posicionou sobre nenhuma das alegações até o momento.

Em nota publicada nesta sexta-feira, o Ministério da Defesa disse ter atingido um alvo militar com mísseis de cruzeiro. O local mirado era um centro de fabricação de mísseis antinavios, de acordo com o Kremlin, em uma ação entendida como retaliação ao naufrágio do navio Moskva, o mais importante da Rússia no Mar Negro.

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O ataque, no entanto, contradiz o discurso oficial de Moscou sobre o naufrágio. Enquanto Moscou afirma que houve um incêndio decorrente de a explosão de parte da munição que estava na embarcação, autoridades ucranianas dizem que o navio foi atingido por um míssil de cruzeiro, mas não divulgaram provas da autoria do ataque.

Navio mais importante da frota russa no Mar Negro, o Moskva carregava 16 mísseis anti-navio do sistema P-1000 Vulkan, com alcance de pelo menos 700 quilômetros. Ele também levava sistemas de defesa aérea de longo alcance do Forte S-300, capazes de proteger um esquadrão inteiro de navios de ataques aéreos inimigos.

Sirenes soaram diversas vezes durante a madrugada, segundo o governador da região de Kiev, Olexandre Pavliuk.

Segundo o Kremlin, forças russas também derrubaram durante a noite um helicóptero ucraniano Mi-8, que supostamente participou de um ataque ao vilarejo de Klimovo, na região de Bryansk, em 14 de abril. Sete pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança, de acordo com Moscou.

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Os russos também teriam derrubado um jato ucraniano Sukhoi-27 e matado 30 mercenários poloneses em um bombardeio no nordeste da Ucrânia. 

Até esta sexta-feira, antes do ataque a Kiev, autoridades ucranianas afirmavam há dias que a Rússia se posicionava para uma grande ofensiva em breve no lado leste do país, onde estão as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, devido à concentração de milhares de soldados no local.

“Do meu ponto de vista, esta grande ofensiva (no leste) já começou. Temos de entender que não será a repetição de 24 de fevereiro, quando os primeiros ataques aéreos e explosões começaram e dissemos ‘a guerra começou’. A grande ofensiva de fato já começou”, disse Vadym Denysenko, assessor do Ministério do Interior ucraniano, em declaração televisionada na segunda-feira.

Nos últimos dias, o Kremlin parecia ter deixado de lado a tentativa de capturar a capital ucraniana e voltado seus esforços para conquistar Mariupol, que fornece uma passagem por terra entre a região da Crimeia e o território russo, e a região de Donbas, bem próxima de Kharkiv.

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