Rússia sanciona 29 americanos, incluindo Mark Zuckerberg e Kamala Harris
Segundo chancelaria russa, nomes citados em lista estão 'diretamente envolvidos no desenvolvimento, estabelecimento e aplicação do rumo russofóbico'

O governo da Rússia expandiu nesta quinta-feira, 21, a lista de cidadãos americanos proibidos de entrar em seu território e que terão congelados quaisquer bens que tiverem no país, em represália às sanções impostas a Moscou pela ofensiva militar na Ucrânia. O documento, publicado pelo Ministério das Relações Exteriores russo, inclui nomes como a vice-presidente americana, Kamala Harris, e o fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg.
Segundo a chancelaria russa, são 29 americanos e 61 canadenses, incluindo funcionários do Departamento de Defesa, líderes empresariais e jornalistas dos dois países, que ficarão sancionados “por tempo indeterminado”. A medida, no entanto, não possui grandes efeitos concretos, já que o grupo alvo não possui ligações conhecidas com a Rússia ou com negócios russos.
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“Estes indivíduos não podem entrar na Federação Russa indefinidamente”, diz o documento, que afirma que os incluídos estão “diretamente envolvidos no desenvolvimento, estabelecimento e aplicação do rumo russofóbico do regime governante”.
A decisão é uma represália direta às sanções adotadas por países ocidentais pela invasão da Rússia à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro. As sanções estrangeiras congelaram cerca de US$ 300 bilhões (dos cerca de US$ 640 bilhões) que a Rússia tinha em suas reservas de ouro e câmbio.
Bilionários russos foram especialmente atingidos, e suas empresas foram impedidas de comprar e vender fora do país. Até mesmo as filhas do presidente russo, Vladimir Putin, Mariya Putina e Katerina Tikhonova, se tornaram alvos das sanções, sendo acusadas pelos Estados Unidos de esconderem ativos financeiros do pai.
Como medida para pressionar o governo russo pelo fim da guerra, países da União Europeia também prometeram reduzir as importações de gás russo em 66% neste ano e romper totalmente sua dependência da energia russa até 2027.
Apesar das medidas, Putin afirmou na segunda-feira, 18, que a economia russa “está se estabilizando”. Segundo o líder do Kremlin, as punições aplicadas pelos EUA e pela União Europeia estão, na verdade, afetando os próprios países que as promoveram.
A lista anunciada nesta quinta-feira de cidadãos americanos inclui entre jornalistas o apresentador George Stephanopoulos, da rede ABC News, e David Ignatius, colunista do Washington Post. Entre autoridades figuram o porta-voz do Pentágono, John Kirby, e a subsecretária de Defesa, Kathleen Hicks.
Entre os canadenses estão Cameron Ahmad, diretor de comunicação do primeiro-ministro Justin Trudeau, e o comandante das Forças de Operações Especiais, Steve Boivin.
No mês passado, Moscou já havia imposto sanções contra o presidente americano, Joe Biden, e outras autoridades do alto escalão, como o secretário de Estado americano, Antony Blinken.
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