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Rússia repudia acusação de ‘genocídio’ por parte de Joe Biden

Na última terça, o líder americano disse que, em sua opinião, o comportamento dos russos no país vizinho equivale a um genocídio

Por Matheus Deccache Atualizado em 13 abr 2022, 17h24 - Publicado em 13 abr 2022, 15h32

O governo da Rússia disse, nesta quarta-feira, 13, que discorda categoricamente da fala do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que descreveu as ações russas na Ucrânia como “genocídio” e acusou a Casa Branca de ser hipócrita. 

Na última terça, o líder americano disse que, em sua opinião, o comportamento dos russos no país vizinho equivale a um genocídio e que o presidente, Vladimir Putin, está tentando “eliminar a ideia” de uma identidade ucraniana. 

“Consideramos inaceitável esse tipo de esforço para distorcer a situação. Isso dificilmente é aceitável para um presidente dos Estados Unidos, um país que cometeu crimes conhecidos nos últimos tempos.”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em uma teleconferência com repórteres. 

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Essa não é a primeira vez que Biden ataca diretamente o governo russo. Há algumas semanas, ele se referiu a Putin como um “criminoso de guerra”, comentário que causou ira em Moscou, que disse que as relações com os americanos chegaram à beira do colapso. 

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Também nesta quarta, o Tribunal Penal Internacional (TPI) disse ter observado padrões claros de possíveis crimes de guerra cometidos pelo Exército russo na Ucrânia desde o início do conflito, em 24 de fevereiro.

A Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) disse em relatório ter encontrado evidências suficientes de crimes contra a humanidade. Kiev acusa o Kremlin de atacar a infraestrutura civil no país, principalmente na cidade de Mariupol, onde há relatos de ataques a um teatro que servia de abrigo, uma maternidade e prédios residenciais. O governo russo nega veementemente ter atacado qualquer alvo não militar. 

A missão internacional também disse ter encontrado violações por parte do Exército ucraniano em relação aos prisioneiros de guerra, embora pondere que “os crimes são muito mais brandos em relação aos cometidos pelos russos”. 

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O procurador-geral do TPI, Karim Khan, foi até a cidade de Bucha, ao norte de Kiev, onde autoridades ucranianas disseram ter encontrado centenas de civis mortos em valas comuns e nas ruas da cidade. Segundo o governo local e de acordo com imagens difundidas por veículos internacionais, os corpos apresentavam sinais de terem sido sumariamente executados. As vítimas estariam trajando roupas civis e muitas estavam com as mãos atadas.

“Temos que atravessar o nevoeiro da guerra para chegar à verdade, e isso requer uma investigação independente e parcial”, disse ele.

O Estatuto de Roma, que fundou o tribunal, não tem Rússia e Ucrânia como membros, o que poderia dificultar o andamento do processo. No entanto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que vai permitir que o TPI atue em seu país. 

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