Rússia pressiona Twitter para retirar conteúdo
A rede social teve sua velocidade de transmissão de dados reduzida e pode sofrer outras sanções
O governo de Vladimir Putin está exigindo que o Twitter remova todos os posts referentes aos protestos em apoio ao ativista e opositor Alexei Nalvany. As autoridades russas alegam que a rede social está incitando tumulto e violando leis de segurança ao permitir que sejam veiculadas imagens relacionadas a protestos de rua, que contêm cenas de violência impróprias ao público.
Ontem, dia 10, a internet no país apresentou problemas, deixando os serviços de sites do governo, inclusive do Kremlin e do parlamento russo, lentos ou parcialmente inoperantes. A lentidão aparentemente foi efeito colateral da ação de reprimir o tráfego de fotos e vídeos dos protestos. O ministério das comunicações comunicou (ironicamente, por sua conta oficial no Twitter, uma vez que as mensagens de texto não foram bloqueadas) que as falhas em múltiplos sites institucionais se devia a uma pane nos roteadores que já estava sendo sanada.
A crise sistêmica pode mesmo não ter correlação com a repressão de tráfego de informações implementada contra o Twitter. Especula-se que possa ter sido uma retaliação americana em resposta ao ataque de hackers, supostamente financiados pela Rússia, em 2020, contra a SolarWinds, importante empresa de tecnologia que fornece softwares para diversas outras companhias.
De qualquer forma, as restrições ao Twitter irão continuar até que todo o conteúdo vetado, e considerado ilegal pelo governo, seja removido. A rede social também poderá sofrer outras sanções caso não cumpra a ordem.