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Rússia nega bombardeio sobre escola síria que matou 22 crianças

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exigiu uma investigação e afirmou que, se o ataque foi deliberado, pode constituir um crime de guerra

Por Da redação
27 out 2016, 19h42

A Rússia negou nesta quinta-feira ter bombardeado uma escola na Síria, em que 22 crianças e seis professores morreram. A porta-voz do Ministério russo de Relações Exteriores, Maria Zakharova, garantiu que a Rússia não tem “nada a ver” com os bombardeios aéreos ocorridos na quarta-feira contra a escola da província de Idlib, em poder dos rebeldes.

Desde 30 de setembro de 2015, a Força Aérea russa intervém na Síria em apoio ao ditador sírio, Bashar Assad, contra formações rebeldes. Embora Moscou garanta que esteja bombardeando apenas “alvos terroristas”, a Rússia tem sido acusada em várias ocasiões de apontar suas armas contra os rebeldes moderados e de cometer “crimes de guerra”.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse consternado com o ataque, exigindo uma “investigação imediata”, afirmou seu porta-voz nesta quinta-feira. “Se foi deliberado, esse ataque pode constituir um crime de guerra”, disse Ban, citado por seu porta-voz.

“Quem é responsável? Em qualquer caso, não é a oposição, porque, para bombardear, são necessários aviões. São os sírios – o regime de Bashar Assad – ou os russos”, declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, em uma coletiva de imprensa em Paris.

Um morador de Hass, onde fica a escola bombardeada, afirmou à agência de notícias France-Presse que não há instalações militares na área. “Aqui só há civis, não há nenhuma sede militar de grupos rebeldes”.

A província de Idlib é um bastião de Jaish al-Fatah (“Exército de Conquista”), uma coalizão de rebeldes islamitas e radicais do Fateh al-Sham, ex-Frente Nusra, que cortou os laços com a Al Qaeda em julho.

Crianças

As crianças continuam sendo as vítimas dessa guerra, que deixou mais de 300.000 mortos e milhões de deslocados desde que começou, em março de 2011.

Ao menos seis menores foram mortos e 15 ficaram feridos pelos disparos de foguetes dos rebeldes contra dois bairros controlados pelo governo em Aleppo, segunda cidade do país, no norte, informou a imprensa estatal síria. Uma salva de foguetes atingiu a escola.

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No mesmo dia, na cidade rebelde de Duma, perto de Damasco, pelo menos oito pessoas – entre elas uma criança – morreram em bombardeios do regime, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Sanções

Nesta quinta-feira, a União Europeia (UE) decidiu sancionar dez responsáveis de alto escalão do governo, acusados de participar da “repressão violenta exercida contra a população civil”. Com esses, chega a 217 o número de autoridades sírias submetidas a uma “proibição de entrar no território da UE e a um congelamento de seus bens”. A essas sanções “individuais” se somam fortes medidas de represálias econômicas.

Na quinta-feira, Bashar Assad se mostrou inflexível. “O Estado sírio continuará combatendo os terroristas”, declarou Assad, ao receber os governadores provinciais, segundo a agência oficial de notícias Sana.

De acordo com o OSDH, as forças do governo recuperaram quase metade dos 40 povoados nas colinas do norte da província central de Hama. No final de agosto, essas localidades caíram nas mãos de uma coalizão liderada pelos radicais do Fateh al-Sham.

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(Com AFP)

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