
A Rússia advertiu nesta terça-feira que manterá a sua política sobre a Síria, após a eleição presidencial de Vladimir Putin, e pediu aos europeus e americanos que não “criem ilusões” a este respeito.
“Pedimos aos nossos parceiros europeus e americanos que não tenham ilusões”, afirmou a Chancelaria russa em um comunicado. “A posição da Rússia sobre a Síria nunca foi determinada em termos de ciclos eleitorais, ao contrário (do que acontece com) alguns de nossos parceiros ocidentais”, acrescentou.
“Só é possível sair de um conflito com um diálogo entre todas as partes, graças a isso os sírios, e só eles, poderão tomar decisões sobre o futuro” do país, de acordo com o ministério das Relações Exteriores da Rússia.
As potências ocidentais admitiram na segunda-feira a vitória de Putin na eleição presidencial, apesar das acusações de irregularidades, e pediram que Moscou modifique a sua posição em relação à Síria.
Para a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, a Rússia precisa “reconhecer a necessidade de um novo governo” na Síria.
Já os Estados Unidos indicaram que esperam “um novo olhar russo sobre a tragédia na Síria, agora que a eleição passou”.