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Rússia intensifica ataques com dez vezes mais drones para sobrecarregar defesas da Ucrânia

Presidente ucraniano afirmou que Moscou tem usado "dez vezes mais drones Shahed do que no outono passado" e que agressões são diárias

Por Da Redação
7 nov 2024, 14h42
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  • A Rússia tem conduzido ondas de ataques com drones constantes contra a Ucrânia, enquanto as tropas russas avançam ao leste do país, informou a emissora americana CNN nesta quinta-feira, 7. A informação é divulgada poucos dias após uma série de alertas do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Em diferentes publicações no X, antigo Twitter, ele afirmou que Moscou tem usado “dez vezes mais drones Shahed do que no outono passado”, dispositivos de fabricação iraniana, e que as agressões são diárias.

    “Apenas na última noite e noite, nossos defensores destruíram quase 50 UAVs (sigla para Veículos Não Tripulados) inimigos. Tais ataques acontecem diariamente”, indicou Zelensky nesta terça-feira, 5. “Nesta luta implacável contra o terror russo, é importante que nossos guerreiros sintam o apoio de nossos parceiros — em determinação, sistemas de defesa aérea, pacotes de defesa e pressão sustentada sobre o agressor”.

    Em entrevista à CNN, o porta-voz das Forças Aéreas da Ucrânia (UKAF), Yuriy Ihnat, alegou que o governo russo procura sobrecarregar os sistemas de defesa do país com drones chamarizes, sem ogivas. Ihnat explicou que esses dispositivos são usados para enganar e exaurir os militares de Kiev. Segundo o porta-voz, eles compõem até metade de todos aqueles disparados contra o território ucraniano.

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    Chuva de drones

    Em meio à chuva de ataques, moradores da capital, Kiev, e de outras cidades não conseguem dormir em razão dos estrondos ininterruptos das explosões. Em setembro, as sirenes de ataques aéreos tocaram por 50 horas, número que subiu para 80 no mês seguinte. Agora, apenas na primeira semana de novembro, foram 30 horas — mais de um dia inteiro o som de alarmes.

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    Kiev, por exemplo, registrou apenas uma noite sem ataques de drones desde 1º de setembro. Estilhaços dos UVAs abatidos feriram ao menos duas pessoas após explosões nesta quinta-feira, de acordo com Serhiy Popko, chefe da administração militar da cidade. Ele reatou que os ataques ocorreram  “em ondas, de diferentes direções” e em “diferentes altitudes”. Ataques com bombas também foram relatados em Zaporizhzhya.

    “Cada um desses ataques russos não apenas mata pessoas e devasta vidas, mas também apaga quaisquer palavras sobre a falta de conversas com a Rússia ou alguns telefonemas ao Kremlin. Eles têm prazer em matar pessoas”, afirmou Zelensky nas redes sociais.

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    Operações por terra

    Ao mesmo tempo, soldados da Ucrânia enfrentam “uma das mais poderosas ofensivas russas” desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, nas linhas de frente orientais. Em contrapartida, esta quarta-feira, 6, marcou o terceiro mês da incursão da Ucrânia na região russa de Kursk. Em agosto, as tropas ucranianas realizaram uma operação surpresa no local e passaram a controlar 1.000 quilômetros quadrados do território russo.

    “Esta é a nossa contribuição para garantir que todos no mundo vejam: a Ucrânia pode mudar o curso desta guerra para fazer com que os responsáveis ​​pela guerra sintam uma pressão real. A verdadeira paz só é alcançada por aqueles que são verdadeiramente corajosos”, disse Zelensky nesta quarta-feira.

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