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Rússia diz que explosão de míssil ocorreu por ‘gases radioativos inertes’

Foram encontradas nas amostras recolhidas na cidade os isótopos radioativos de estrôncio, bário e lantânio

Por Da Redação
26 ago 2019, 14h03

Autoridades russas confirmaram nesta segunda-feira, 26, que o breve aumento da radiação registrado após a explosão de um míssil em 8 de agosto ocorreu devido a “gases radioativos inertes”. O incidente deixou cinco mortos e fez o nível de radiação se elevar por um breve período em até dezesseis vezes acima do normal.

A agência de vigilância ambiental russa, Rosguidromet, encontrou nas amostras recolhidas na cidade isótopos radioativos de estrôncio, bário e lantânio. Segundo um especialista citado pela agência de notícias russa Ria Novosti, os resíduos são resultado de uma fissão nuclear.

Pouco depois do acidente, o ministério da Defesa tinha garantido que não havia contaminação radioativa, mas a prefeitura de de Severodvinsk alegou ter “registrado um aumento de curto prazo na radioatividade”. Essa informação foi logo retirada do ar.

A Rosatom, empresa estatal russa de energia atômica, disse que a explosão ocorreu enquanto os engenheiros realizavam o teste de uma “fonte de energia de isótopo radioativo”. As especulações, porém, giram em torno de um teste do míssil de cruzeiro Burevestnik (Albatroz), que é dotado de propulsão nuclear e foi apresentado pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 2018.

O ministério da Defesa havia declarado apenas que os fatos ocorreram durante o teste de um “motor-foguete de propulsor líquido”, mas não descreveu o acidente como envolvendo combustível nuclear.

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Desculpas insuficientes

A ONG Greenpeace estimou que as novas informações reveladas pela Rosguidromet eram “insuficientes” para avaliar os riscos potenciais à saúde dos habitantes da região. A organização pediu amostras do mar, e não apenas do ar, pois a explosão ocorreu em uma plataforma marítima, de acordo com a versão oficial.

Segundo a organização, essas informações também provam que a explosão não está relacionada à “fonte de energia isotópica” do motor do míssil como informado pela Rosatom, mas “provavelmente a um reator nuclear”.

Os isótopos radioativos citados pela Rosguidromet nesta segunda têm um período de meia-vida, durante o qual metade de seus núcleos se desintegra, variando de várias horas a quase treze dias. Eles então se transformam em gás radioativo inerte.

“Esses gases radioativos são a causa do breve aumento” da radioatividade registrada após a explosão, segundo Rosguidromet.

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A agência havia relatado que mediu níveis de radioatividade até dezesseis vezes maior que a radiação natural após a explosão, antes de retornar ao normal duas horas e meia depois.

As autoridades russas também reconheceram que um médico que havia participado do tratamento dos feridos após a explosão havia sido contaminado com o isótopo radioativo césio 137, mas negou que seu caso estivesse relacionado ao acidente.

(Com AFP)

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