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Rússia acusa Ucrânia de preparar falsas evidências de crimes de guerra

Sem apresentar evidências, Ministério da Defesa russo afirmou que EUA e Reino Unido ajudam Kiev a montar narrativa

Por Da Redação Atualizado em 11 abr 2022, 15h51 - Publicado em 11 abr 2022, 15h47

O governo da Rússia disse nesta segunda-feira (11) que os Estados Unidos e o Reino Unido estão ajudando a Ucrânia a preparar falsas alegações sobre supostos crimes de guerra de modo a difamar o país perante à comunidade internacional. 

Desde que as tropas russas deixaram as regiões no entorno da capital, Kiev, os ucranianos, assim como veículos independentes da mídia internacional, têm divulgado imagens que mostram cadáveres de civis que teriam sido mortos pelo Exército russo ao longo da ocupação. 

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Segundo o ministro da Defesa da Rússia, o governo da Ucrânia está recebendo apoio dos Estados Unidos para preparar a narrativa de que tropas russas estão atacando civis ucranianos, semeando falsas evidências de violência. 

Desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, Kiev acusa o Kremlin de atacar a infraestrutura civil no país, principalmente na cidade de Mariupol, onde há relatos de ataques a um teatro que servia de abrigo, uma maternidade e prédios residenciais. O governo russo nega veementemente ter atacado qualquer alvo não militar. 

“Os americanos, que têm muitos anos de experiência nesse ramo, continuam sua campanha para criar “falsas evidências” contra Moscou”, disse o ministério. 

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Em Bucha, ao norte de Kiev, autoridades ucranianas disseram ter encontrado centenas de civis mortos em valas comuns e nas ruas da cidade. Segundo o governo local e de acordo com imagens difundidas por veículos internacionais, os corpos apresentavam sinais de terem sido sumariamente executados. As vítimas estariam trajando roupas civis e muitas estavam com as mãos atadas.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Acnudh), que está revisando vídeos e materiais recebidos sobre a situação na cidade, declarou que análises preliminares “parecem sugerir” um assassinato de civis de forma deliberada, de acordo com a porta-voz Liz Throssell. 

Segundo Throssell, as imagens em que corpos aparecem com as mãos amarradas ou queimadas poderiam indicar que os agressores visavam deliberadamente essas vítimas, o que poderia elevar a gravidade dessas violações aos direitos humanos cometidas durante a invasão à Ucrânia, se os fatos forem confirmados.

“A alta comissária Michelle Bachelet já falou de possíveis crimes de guerra no contexto de bombardeios a infraestruturas civis, mas isso aparenta ser um assassinato direito de civis”, disse a porta-voz, que admitiu haver a necessidade de comprovar as imagens. “Em incidentes específicos, são necessárias análises forenses, monitoramento e coleta de informações, para determinar quem fez o quê”. 

Poucos dias depois da revelação das mortes em Bucha, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou pela suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos, sediado em Genebra, citando graves violações.

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Para a Rússia, no entanto, serviços da inteligência dos EUA e do Reino Unido seguem ajudando a Ucrânia a forjar novas alegações falsas de supostos crimes de guerra cometidos no noroeste do país, embora não tenha fornecido nenhuma evidência. 

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“Novas falsas provocações encenadas acusando as nossas Forças Armadas de tratamento supostamente cruel da população da Ucrânia estão sendo preparadas pelo regime de Kiev sob a liderança dos serviços especiais britânicos no território da região de Sumy”, acrescentou o ministério. 

Segundo o órgão, jornalistas ocidentais foram convidados a visitar a região para “conduzir as filmagens de tramas encenadas” e que publicações sobre isso serão feitas em breve.

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