Washington, 27 fev (EFE).- Mitt Romney e Rick Santorum, pré-candidatos republicanos à presidência dos Estados Unidos, trocaram farpas nesta segunda-feira, às vésperas das primárias de Michigan, que devem ser bastante disputadas, e do Arizona.
Os dois candidatos estão focados em obter votos em Michigan, um estado muito afetado pela recessão dos últimos anos e pela crise do setor automobilístico de 2008.
O site de notícias de política ‘RealClearPolitics’, que elabora uma média diária das principais pesquisas, aponta nesta segunda que Romney, ex-governador de Massachusetts, tem uma vantagem de menos de dois pontos sobre Santorum em Michigan, seu estado natal.
Ali, uma vitória do ex-senador Santorum, em alta desde que ganhou no Colorado, Missouri e Minnesota, pode abalar Romney, um candidato que não agrada muito os setores mais conservadores do Partido Republicano e, em particular, o movimento direitista Tea Party.
Em um café da manhã na Câmara de Comércio em Detroit, Santorum voltou a insistir que Romney, quando era governador de Massachusetts, promoveu uma reforma da saúde muito similar à efetuada pelo presidente Barack Obama, que foi criticada pelos republicanos.
Além disso, Romney ‘obrigou’ os hospitais católicos de Massachusetts a distribuir pílulas do dia seguinte, indicou Santorum, pai de sete filhos e contrário ao aborto.
Já Santorum ‘é uma boa pessoa, mas nunca teve um trabalho no setor privado’, rebateu Romney em um evento realizado em uma fábrica em Rockford, no qual pediu aos eleitores para que escolham o candidato ‘com mais experiência’.
No Arizona, estado na fronteira com o México e com uma grande população hispânica, que também realiza primárias nesta terça-feira, Romney tem mais de 13 pontos de vantagem sobre Santorum, de acordo com o ‘RealClearPolitics’.
Além disso, Romney conta com o apoio da governadora do Arizona, Jan Brewer, defensora da polêmica lei de imigração aprovada nesse estado, que foi paralisada parcialmente pelos tribunais e permite que a polícia cheque a situação migratória de pessoas que considere suspeitas. EFE