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Rohani pede que órgão estude retomada de voos diretos entre EUA e Irã

Não há voos regulares entre os dois países desde 1979; iniciativa é vista como mais um gesto de aproximação

Por Da Redação
30 set 2013, 11h42

O presidente Hassan Rohani pediu nesta segunda-feira ao órgão responsável pela aviação civil no Irã que estude a possibilidade de retomar voos diretos entre o país e os Estados Unidos, segundo informações do jornal inglês The Guardian. Não há linhas regulares entre os dois países desde 1979, ano da revolução islâmica iraniana, quando o Irã e os EUA romperam relações.

“O presidente emitiu uma ordem de estudo sobre como seria possível estabelecer voos diretos entre os EUA e o Irã, de forma a resolver os problemas de transporte dos cidadãos iranianos que moram nos EUA”, disse Akbar Torkan, um conselheiro de Rohani, em comunicado divulgado pela agência iraniana Tasnim.

Cerca de um milhão de iranianos vivem nos EUA, segundo dados do censo americano, e, sem voos diretos, muitos são obrigados a passar por outros países para chegar ao Irã ou voltar para os EUA.

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O governo iraniano, no entanto, não divulgou quando a retomada dos voos poderá ocorrer.

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Diplomacia – Este é o mais recente gesto de Rohani na série de iniciativas que tomou nas últimas semanas. Entre elas, as declarações de que o Irã nunca vai construir uma bomba nuclear e que seu governo quer chegar a um acordo internacional para levantar as sanções contra o país. O país também libertou dezenas de presos políticos antes de Rohani viajar para a Assembleia geral das Nações Unidas em Nova York, na semana passada. Legítimos ou não, os gestos de Rohani despertaram a atenção dos EUA. Na sexta-feira, pela primeira vez em 34 anos, os presidentes dos EUA e do Irã falaram ao telefone.

Mas as declarações de Rohani ainda são vistas com desconfiança, dado o histórico do Irã, que no passado recente dificultou inspeções em suas instalações nucleares ao mesmo tempo em que seus líderes afirmavam que não buscavam construir a bomba. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por exemplo, chamou um discurso recente de Rohani de “cínico” e disse que o país fala de aproximação enquanto patrocina o terrorismo internacional.

A desconfiança não é exclusividade dos israelenses. Os gestos de Rohani geraram reação até mesmo no Irã. No sábado, após voltar de Nova York e chegar em Teerã, o presidente iraniano foi, durante um desfile, alvo de um grupo que atirou ovos e até um sapato em sua direção. Ainda assim, o presidente acabou sendo aplaudido pela maioria das pessoas presentes.

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