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Rio+20: Hillary e Dilma defendem direitos reprodutivos das mulheres

Por Por Yana Marull
22 jun 2012, 16h25

A secretária de Estado americano, Hillary Clinton, e a presidente Dilma Rousseff defenderam o “direito reprodutivo” das mulheres, ou seja, o direito de escolher quando querem ter filhos, nesta sexta-feira, na cúpula Rio+20.

“Devemos dar às mulheres o poder de tomar decisões sobre se querem ter filhos e quantos”, afirmou Hillary nesta sexta-feira em seu discurso na cúpula da ONU, pouco antes de seu encerramento.

“Apesar de estar muito satisfeita com o fato de o documento apoiar a saúde reprodutiva e sexual e o acesso universal ao planejamento familiar, para alcançar nossas metas sobre desenvolvimento sustentável também temos que garantir os direitos reprodutivos das mulheres”, completou.

Também a primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, pediu nesta sexta-feira em seu discurso diante de uma cúpula dominada por homens: “teria gostado de ver a importância dos direitos reprodutivos reconhecida no resultado da Rio+20”.

“Os direitos das mulheres devem estar no centro desta transição” para o desenvolvimento sustentável do planeta, completou.

A presidente Dilma Rousseff defendeu o mesmo princípio: “no Brasil, estamos investindo para superar dificuldades e precariedades no acesso aos serviços públicos de saúde, com pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos”, disse na quinta-feira, quando liderou uma cúpula de governantes mulheres paralela à Rio+20.

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A ex-presidente da Irlanda Mary Robinson, representante na cúpula do respeitado grupo “The Elders”, criado por Nelson Mandela, criticou duramente a oposição do Vaticano.

“O que homens solteiros sabem sobre a vida, a saúde, e as decisões de mulheres pobres?”, questionou, ao defender que “os direitos sexuais e reprodutivos são essenciais”.

Os direitos reprodutivos defendem o direito da mulher de decidir se quer ou não ter filhos, em que momento e com quem, sem discriminação ou violência, mas muitos países o vinculam ao controle pré-natal ou ao aborto.

O texto final a Rio+20 reconhece a necessidade de avançar na igualdade de gênero e sobre a importância da saúde sexual e reprodutiva, mas os negociadores retiraram em sua última versão a menção aos direitos reprodutivos.

“É escandaloso que mais uma vez um encontro dominado por homens queira ditar como as mulheres devem controlar seus corpos”, denunciou Kumi Naidoo, da ONG Greenpeace.

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O representante do Vaticano e enviado do Papa, cardeal Odilo Scherer, denunciou em seu discurso diante da cúpula como observador os direitos de saúde reprodutiva.

“A promoção de certa concepção de saúde ameaça profundamente a dignidade da pessoa humana”, disse, criticando duramente o aborto.

Não apenas o Vaticano se opôs à menção aos direitos reprodutivos, como muitos dos países em desenvolvimento se dividiram sobre o tema, disseram negociadores à AFP.

“A Rio+20 traiu as mulheres”, lamentaram ativistas com cartazes nos corredores da cúpula.

Cerca de 80 chefes de Estado e de governo e representantes de 191 países aprovarão nesta sexta-feira um acordo para impulsionar a preservação dos recursos naturais do planeta e a luta contra a pobreza.

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As mulheres tentaram lançar uma forte mensagem sobre seu papel na sustentabilidade do planeta. “Combater a desigualdade e incorporar as mulheres ao poder se traduz em redução da fome e da pobreza”, disse a chefe da ONU Mulheres e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet.

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