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Rio-2016: Falha na piscina pode ter beneficiado alguns nadadores

Estudo concluiu que os atletas que nadaram nas raias de números maiores fizeram tempos ligeiramente melhores, indicando uma corrente na piscina

Por Da redação
19 ago 2016, 19h17

Um estudo realizado por pesquisadores da área da natação revelou que a estrutura da piscina utilizada na Olimpíada do Rio de Janeiro pode ter beneficiado alguns atletas. O problema exato ainda não foi devidamente detectado, mas tudo indica que uma falha na construção permitiu a criação de uma corrente em um dos lados da piscina que influenciou na velocidade dos nadadores durante as provas.

Os pesquisadores analisaram os tempos de todos os nadadores que participaram das provas de 50 metros e concluíram que os atletas que nadaram nas raias de números maiores – à esquerda no momento da largada – foram ligeiramente mais rápidos do que os que nadaram nas raias opostas.

Joel Stager, diretor do Centro da Ciência da Natação da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, afirmou ao jornal americano The Wall Street Journal ter descoberto que, estatisticamente, homens e mulheres que participaram das provas nas raias de número 5 a 8 conseguiram um ligeiro aumento de velocidade, enquanto os atletas que nadaram nas raias de 1 a 4 tiveram tempos maiores.

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Nas semi-finais masculinas e femininas, por exemplo, 15 dos 16 nadadores que se qualificaram para as finais (oito homens e oito mulheres) nadaram nas raias de 4 a 8. Dentre esses atletas, os que mudaram de lado (nadaram nas raias de 1 a 4) na fase seguinte não conseguiram repetir a mesma velocidade e apresentaram uma piora média de 0,5% em seus tempos, de acordo com o Wall Street Journal.

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Isso aconteceu somente nas provas de 50 metros. Nas provas de 100 ou 200 metros, a vantagem variava de acordo com o momento do percurso. Na ida, os nadadores nas raias de 5 a 8 tiveram vantagem, enquanto na volta foram os atletas nas raias de números menores que usufruíram do aumento de velocidade. Os dados indicam que uma falha na construção pode ter gerado uma corrente de um dos lados da piscina olímpica.

As suspeitas apresentadas por Stager e sua equipe sobre a piscina da Rio-2016 se assemelham às publicadas pelos mesmos estudiosos no Jornal de Medicina e Ciência em Esportes e Exercícios sobre o Mundial de 2013. No artigo, divulgado em 2014, os cientistas apontavam a mesma vantagem dos nadadores das raias de números maiores nas provas de 50 metros durante a competição realizada em Barcelona, na Espanha.

A responsável pela construção da piscina no Rio de Janeiro foi a Myrtha Pools, uma empresa italiana. A instalação aquática no Mundial de Barcelona foi erguida pela mesma empresa. Oficiais da Fina, a Federação Mundial de Natação, disseram ao WSJ que estão revisando os dados passados pelos pesquisadores para tentar identificar o problema.

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