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Revolução que derrubou ditador Mubarak vai para a telona

O filme, já em produção, será centrado na figura de cirurgião da Praça Tahrir

Por Da Redação
22 fev 2011, 09h08

Depois de ter rodado a primeira parte do filme como um documentário, o cineasta preparou um roteiro para completar a produção com cenas fictícias, inspiradas nos fatos da praça

A revolução protagonizada pelos jovens egípcios e o papel de um cirurgião em plena Praça Tahrir, no Cairo, são o tema de El Midaan (“A Praça”), o primeiro filme egípcio inspirado na revolta popular. De acordo com o cineasta Magdi Ahmed Ali, diretor do filme, a produção já começou. O personagem principal é inspirado numa figura real – o cirurgião egípcio Tareq Helmi, cirurgião que foi para a praça e ajudou a socorrer as vítimas da repressão ordenada pelo ex-ditador Hosni Mubarak.

O médico nunca se interessou por política e nem sequer acompanhava de perto os protestos, que começaram no dia 25 de janeiro. A “quarta-feira negra”, um dia violento dos protestos, foi uma reviravolta na vida de Tareq Helmi – naquela data, os simpatizantes de Mubarak atacaram os manifestantes contrários ao ditador. A filha do cirurgião tinha telefonado da praça para pedir ajuda médica urgente para os diversos manifestantes que tinham sofrido ferimentos durante o confronto.

O médico foi até o local pensando que iria atender alguns feridos e voltar para casa, mas acabou passando duas semanas na praça, até o último dia dos protestos. Durante o período, teve que interferir algumas vezes entre os manifestantes para acalmar os ânimos, socorrer feridos por balas e buscar ambulâncias para transferir os que estavam em estado grave aos hospitais. Helmi chegou a dirigir uma equipe de médicos em um hospital improvisado no coração da praça Tahrir.

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Protagonistas – O cineasta Ali, famoso por rodar filmes que retratam questões polêmicas na sociedade egípcia, conta que também viveu a revolução de perto – e foi na própria praça, durante as manifestações, que ele filmou as primeiras cenas. Os atores também foram escolhidos em meio à multidão que participou dos protestos. “Trouxe os protagonistas da própria praça porque eles estavam ali, no meio de tudo. Assim, a presença deles no filme será muito mais natural”, explicou.

Depois de ter rodado a primeira parte do filme como um documentário, o cineasta preparou um roteiro para completar a produção com cenas fictícias, inspiradas em tudo o que aconteceu na praça. Apesar do cineasta ter gravado imagens também das comemorações depois da queda de Mubarak, essas imagens não deverão ser incluídas. “O ponto alto da revolução foi a renúncia de Mubarak do poder, e este deverá ser o final do filme: a vitória da revolução”, justificou ele.

(Com agência EFE)

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