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Resultado das eleições atrasa no Egito e aumentam críticas à Junta Eleitoral

Por Da Redação
1 dez 2011, 17h59

Cairo, 1 dez (EFE).- As autoridades eleitorais egípcias adiaram nesta quinta-feira pelo segundo dia consecutivo o anúncio do resultado da primeira etapa das eleições legislativas no país, atraso que coincide com as críticas dos observadores ao trabalho realizado pela Junta Eleitoral.

Os egípcios terão que esperar até sexta-feira para conhecer os números finais do primeiro turno das eleições para a Assembleia do Povo realizado em nove províncias do país. As outras etapas da votação para a Câmara Baixa irão até janeiro.

Os resultados já divulgados pelos próprios partidos e meios de comunicação dão uma esmagadora vitória aos grupos islâmicos. O Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, foi o mais votado, seguido do salafista Al Nour.

Esta ‘maré islâmica’, que ainda precisa ser confirmada, provocou temores na população laica e na comunidade copta do Egito. O PLJ, no entanto, emitiu um comunicado nesta quinta-feira no qual afirma que seu objetivo é construir um Parlamento equilibrado e que represente todo o povo.

Além disso, o partido afastou a possibilidade de aliança com o Al Nour, alegando que as conversas para a formação do futuro Executivo ainda são prematuras.

As perspectivas para esta frente islâmica, no entanto, são as melhores possíveis. Principalmente porque as cidades do Cairo e de Alexandria, geralmente mais liberais, já votaram, e as províncias rurais, que ainda não participaram das eleições, costumam ser mais conservadoras.

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A incerteza criada pelo anúncio da publicação oficial do resultado, devido ao atraso na apuração dos votos, soma-se às críticas recebidas pela Junta Eleitoral. Observadores egípcios reclamaram da falta de organização das eleições.

A Associação Egípcia para o Desenvolvimento da Participação Social denunciou a prática de diversas irregularidades no processo eleitoral, mas que não foram suficientes para alterar o resultado final.

‘A maioria das decisões foram tomadas pela Junta Militar, e não pelas autoridades eleitorais. Mas apesar disso o processo eleitoral transcorreu com bastante justiça’, disse o presidente da instituição, Magdy Abdelhamid.

Ele afirmou ainda que o país deveria ter tido mais tempo para organizar as eleições. A ONG criticou o desempenho dos presidentes das zonas eleitorais, pois muitos teriam interferido na votação.

A instituição recolheu diversos relatos de infrações, cometidas principalmente por correligionários do PLJ e do Al Nour.

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A votação para escolher os representantes da Assembleia do Povo, que será realizada em três fases de dois turnos cada, é a primeira que acontece no Egito após a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, em fevereiro.

O anúncio do resultado final poderá coincidir com uma nova manifestação contra a Junta Militar marcada para amanhã na praça Tahrir, no Cairo, onde milhares de pessoas permanecem acampadas desde 19 de novembro.

O Movimento 6 de Abril, um dos grupos que convocou os protestos, disse que o objetivo é pressionar a Junta Militar e o primeiro-ministro Kamal Ganzuri a sairem imediatamente do poder e cederem lugar a um governo de coalizão.

Ganzuri anunciou hoje que até este sábado a lista dos integrantes do seu gabinete ficará pronta. Ele já decidiu os nomes de seis ministros. O líder afirmou que deseja que três jovens e duas mulheres ocupem as pastas restantes. O primeiro-ministro iniciou nesta semana conversas com figuras importantes de diversas correntes políticas.

‘Meu objetivo é formar um governo de salvação nacional, que restaure a segurança, a produção e o turismo no país e que tenha a confiança do povo. EFE

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