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Resgate de jovens de caverna é retomado na Tailândia

A mesma equipe de mergulhadores que resgatou quatro garotos no domingo está trabalhando; oito meninos e seu técnico de futebol continuam presos sob a terra

Por Redação
Atualizado em 9 jul 2018, 19h39 - Publicado em 9 jul 2018, 05h08

O resgate do time de futebol que está preso da caverna de Tham Luang na Tailândia junto com seu técnico há dezesseis dias foi retomado nesta segunda-feira. Segundo a CNN, a mesma equipe de mergulhadores que retirou quatro garotos da caverna no domingo está trabalhando no momento, com apenas “algumas trocas”. Oito meninos, de idades entre 11 e 16 anos, e o técnico, de 25, continuam presos sob a terra.

A operação foi interrompida no domingo para que a equipe de mergulhadores descansasse e para que os equipamentos fossem preparados, incluindo a reposição dos tanques de oxigênio. Com a retomada do trabalho, às 11 horas (horário local, 1 hora em Brasília), ambulâncias se deslocaram para a entrada da caverna. O comandante da missão, Narongsak Osotthanakorn, afirmou que a equipe “espera ouvir boas notícias em breve”.

Os quatro meninos resgatados foram levados para um hospital na cidade de Chiang Rai. O ministro do Interior da Tailândia, Anupong Paochinda, afirmou que os jovens estavam bem no hospital, mas não deu detalhes sobre seu estado de saúde.

Ainda não foram divulgadas as identidades dos garotos resgatados. À agência Reuters, Somboon Sompiangjai, pai de um dos meninos, disse que a equipe de resgate havia afirmado às famílias que as crianças “mais fortes” seriam retiradas primeiro. “Não nos disseram quem foi resgatado… Não podemos visitar os garotos no hospital porque eles precisam ser monitorados por 48 horas”, disse.

Na semana passada, antes da operação, o secretário de saúde da Tailândia, Jessada Chokedamrongsook, afirmou à imprensa que os jovens que fossem retirados da caverna precisariam ser mantidos em quarentena por alguns dias, até que os médicos pudessem garantir que eles não tinham sido infectados por alguma doença.

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A decisão sobre o início ideal da operação neste domingo se deu pelo fato de os níveis de água terem atingido as partes mais baixas na câmara número 3, a principal base para mergulhadores dentro do local, localizada a 1.700 metros da ilhota onde as crianças aguardam auxílio. Entre domingo e segunda-feira, a chuva voltou a castigar a região, mas deu uma trégua durante a manhã.

Tempo de percurso com mergulho em caverna na Tailândia onde equipe de futebol está presa
Tempo de percurso com mergulho em caverna na Tailândia onde equipe de futebol está presa (Arte/VEJA)

Resgate difícil

A operação foi considerada um dos resgates mais complicados que os melhores mergulhadores de cavernas do mundo já viram. A temporada de monções no sul da Ásia, que provoca chuvas extremamente fortes e persistentes, e o fato de que o percurso deveria ser feito completamente no escuro com crianças inexperientes são fatores que dificultam ainda mais o trajeto, que já é perigoso até para profissionais. Na sexta-feira (6), um ex-mergulhador da Marinha tailandesa morreu enquanto espalhava tanques de oxigênio por uma possível rota de escape.

Ao todo, 90 mergulhadores foram mobilizados para realizar o resgate, 40 deles tailandeses e os outros 50 de outros países, como Austrália, Reino Unido e China. Outros 36 militares americanos do Comando do Pacífico foram acionados para ajudar na operação.

Os socorristas estão em uma corrida contra o tempo para resgatar as crianças, todas entre 11 e 17 anos, e seu técnico, de 25 anos. Há previsão de retorno das fortes chuvas de monções nos próximos dias. Quando isso acontecer, a caverna será efetivamente fechada até outubro.

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Corte transversal de cavernas na Tailândia onde um time de futebol está preso.
Corte transversal de cavernas na Tailândia onde um time de futebol está preso. (Arte/VEJA)

Entenda o caso

Após uma forte tempestade, garotos e treinador membros de um time de futebol tailandês ficaram bloqueados na caverna no dia 23 de junho. No dia 2, nove dias depois do desaparecimento dos jovens, mergulhadores britânicos os localizaram e, desde então, trabalham em forte operação de resgate.

De acordo com autoridades locais, foram cogitadas três opções de salvamento: mergulhar, tentar o resgate através de túnel perfurado na rocha — mais de 100 locais foram perfurados sem sucesso — ou esperar a água baixar o suficiente para que a travessia fosse realizada andando. A primeira opção foi considerada a mais segura, avaliando as condições de saúde, os recursos disponíveis e o tempo necessário para realizar a operação.

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