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Republicanos que votaram a favor de impeachment sofrem retaliação

Sete senadores colegas de partido de Donald Trump apoiaram a condenação do ex-presidente no julgamento deste sábado

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 fev 2021, 16h55

Sete senadores republicanos se juntaram aos democratas para condenar o ex-presidente Donald Trump em seu segundo processo de impeachment, julgado na tarde de sábado 13. O magnata, porém, foi absolvido graças ao apoio da grande maioria dos seus colegas de partido, e os poucos membros que se arriscaram a votar sozinhos já têm sofrido retaliação.

No primeiro processo de impeachment enfrentado por Trump em 2019, só um senador republicano, Mitt Romney, de Utah, votou contra o então presidente. Desta vez se somaram a ele Richard Burr, da Carolina do Norte, Susan Collins, do Maine, Bill Cassidy, da Louisiana, Lisa Murkowski, do Alaska, Ben Sasse, de Nebraska, e Pat Toomey, da Pensilvânia.

Bill Cassidy foi o primeiro a sofrer represália. A divisão estadual do Partido Republicano em Louisiana aprovou ainda no sábado a decisão de censurar o senador. O procurador-geral republicano local, Jeff Landry, disse que Cassidy “caiu na armadilha preparada pelos democratas de fazer os republicanos atacarem os republicanos”.

O senador, que foi reeleito nas eleições de novembro do ano passado, já havia deixado clara sua posição antes mesmo do início da votação no Senado. “Nossa Constituição e nosso país são mais importantes do que qualquer pessoa”, disse em um vídeo divulgado pelo seu gabinete. “Eu votei para condenar o presidente Trump porque ele é culpado”.

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O ex-presidente era acusado de “incitar uma insurreição” após a invasão de seus apoiadores ao Capitólio durante a confirmação da vitória de Joe Biden nas eleições de novembro. Trump foi considerado inocente de suas acusações por 57 votos a favor de sua condenação contra 43 pela absolvição. Eram necessários 67 votos, entre 100 senadores, condená-lo.

Dois outros republicanos que votaram pela condenação, os senadores Richard Burr, da Carolina do Norte, e Patrick Toomey, da Pensilvânia, já anunciaram que não concorrerão à reeleição, o que lhes dá mais liberdade política do que muitos de seus colegas. Ainda assim, enfrentaram repreensões em casa.

Lawrence Tabas, o presidente do Partido Republicano na Pensilvânia, chamou a atenção de seu conterrâneo pela decisão: “Compartilho a decepção de muitos de nossos líderes de base e voluntários sobre o voto do senador Toomey hoje”, disse. Já o presidente estadual da legenda na Carolina do Norte, Michael Whatley, disse que o voto de Burr foi “chocante e decepcionante”.

“Voto errado, senador Burr”, escreveu no Twitter o ex-deputado Mark Walker, que busca a indicação de seu partido para o Senado no ano que vem. “Estou concorrendo para substituir Richard Burr porque a Carolina do Norte precisa de um verdadeiro campeão conservador como seu próximo senador”. O deputado Dan Bishop, republicano da Carolina do Norte, ainda demonstrou apoio a uma moção para censurar Burr.

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Dos sete republicanos que votaram para condenar Trump, apenas um deles, a senadora Lisa Murkowski, do Alasca, participará das eleições legislativas de 2022. Entretanto, ela conta com grande apoio em seu estado.

Na primeira fase do julgamento de impeachment, na Câmara dos Deputados, 10 republicanos já haviam votado contra Trump. Entre eles estava a terceira integrante mais importante da legenda na Casa, Liz Cheney, de Wyoming, que se tornou uma espécie de “porta-voz” dos republicanos contrários às ações do ex-presidente.

Cheney também se tornou alvo de partidários do ex-presidente, que pedem sua punição. Na Câmara, ela sobreviveu a um voto de censura durante uma reunião de congressistas republicanos, alguns dos quais queriam removê-la de suas responsabilidades dentro do partido.

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