Donald Trump é nomeado candidato do Partido Republicano
O magnata obteve os votos de mais de 1.237 delegados necessários para a nomeação durante a convenção do partido
Por Da redação
Atualizado em 20 jul 2016, 07h24 - Publicado em 19 jul 2016, 20h28
Após eliminar 16 rivais dentro Partido Republicano, Donald Trump foi oficialmente nomeado nesta terça-feira como o candidato do partido na corrida à Casa Branca e vai disputar a Presidência dos Estados Unidos na eleição que ocorrerá no dia 8 de novembro. O magnata obteve os votos de mais de 1.237 delegados necessários para a nomeação durante a convenção do partido, em Cleveland (Ohio).
Há um ano, ninguém podia imaginar que esse momento chegaria. Muitos acreditavam que o bilionário, se apresentando como um outsider contra o establishment, não resistiria às primeiras prévias. Mas não foi o que aconteceu. Com um discurso nacionalista, populista e radicalmente contrário à imigração, Trump ganhou um eleitorado descontente com a política tradicional. Ele construiu sua candidatura apoiando-se na promessa de devolver o país a um suposto tempo de glória, expressada pelo slogan Make America Great Again (fazer a América grande novamente), e em ataques verbais a mexicanos, chineses, muçulmanos, sul-americanos e refugiados em geral.
Pouco depois da confirmação, Trump enviou uma mensagem em vídeo, direto de Nova York, para comemorar o resultado, que ele chamou de “histórico”. “Hoje foi um dia muito, muito especial, e nunca o esquecerei”, disse o magnata, que acrescentou que era uma “grande honra” receber a indicação republicana. Trump prometeu ainda levar “liderança e mudanças reais” a Washington. O candidato republicano discursa na convenção na próxima quinta.
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O partido iniciou a votação nominal formal para a nomeação do magnata um dia após uma tentativa frustrada do movimento anti-Trump mudar as regras internas da convenção para romper o compromisso dos delegados de votar segundo os resultados das primárias, e de o discurso de sua mulher, Melania Trump, ter sido alvo de acusações de plágio.
O senador Jeff Sessions, um apoiador antigo de Trump, colocou o nome do empresário de Nova York para nomeação, chamando-o de “guerreiro e vencedor”. O presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, o republicano eleito que ocupa o mais alto cargo, coordenou a reunião e lançou o processo de nomeação.
A votação nominal, em ordem alfabética, começou com o Estado de Alabama. Apesar das ameaças de mais um dia caótico, o senador Mike Lee, republicano contrário a Trump, declarou que os esforços de alguns delegados para bloquear a nomeação aparentemente encerraram.
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A campanha de Trump tem sido atacada por causa da sua retórica contra muçulmanos, hispânicos, imigração ilegal e comércio, alarmando muitos na liderança republicana. Mas a verdade é que a vitória de Trump, desde que ele tomou a liderança nas pesquisas, nunca esteve ameaçada, ao contrário da unidade do Partido Republicano, cuja liderança foi forçada a aceitar o magnata. Do presidente da legenda, Reince Priebus, ao presidente do Congresso, Paul Ryan, todos tiveram de se resignar e garantir a candidatura de Trump, sem tentar uma cartada final para impedi-lo, como muitos esperavam.
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