Repsol processa Argentina por desapropriação da YPF
Petrolífera espanhola quer indenização econômica por parte de Buenos Aires
A companhia petrolífera espanhola Repsol apresentou perante um tribunal federal de Nova York um processo civil coletivo contra o governo argentino pela desapropriação de 51% das ações da YPF. A empresa cobra indenização econômica.
O processo, que pode ser consultado hoje no registro eletrônico do sistema judiciário americano, foi apresentado pela Repsol e pelo fundo de investimento Texas Yale Capital Corporation ao juiz federal Thomas Griesa.
Os advogados da companhia petrolífera espanhola em Nova York pretendem também que o tribunal obrigue o governo argentino a lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) pela YPF.
Prorrogação – O governo argentino prorrogou nesta quarta-feira por 30 dias a intervenção da YPF e sua subsidiária YPF Gás perante “a magnitude e complexidade” da gestão dessas empresas, desapropriadas da espanhola Repsol no início deste mês.
O decreto presidencial, publicado no Diário Oficial do Estado, mantém o ministro do Planejamento, Julio de Vido, e o vice-ministro de Economia, Axel Kicillof, à frente da intervenção.
De Vido e Kicillof foram designados em 16 de abril, quando a presidente Cristina Kirchner anunciou um projeto de lei para desapropriar 51% das ações da Repsol na YPF, iniciativa que foi aprovada por grande maioria no Senado e na Câmara dos Deputados.
Liderança – Logo após a aprovação da desapropriação, a governante nomeou como gerente geral da YPF Miguel Galuccio, um engenheiro em petróleo especialista na busca e exploração de hidrocarbonetos não convencionais.
A designação de Galuccio precisará ser aprovada por assembleia de acionistas, prevista para 4 de junho, quando também se debaterá a formação da nova direção da companhia petrolífera, a maior empresa da Argentina.
(Com agência EFE)