Repórter do ‘News of the World’ em Hollywood é detido
Elogiado pela forma incisiva como descobria os segredos das celebridades, James Desborough é suspeito de conspirar para interceptar comunicações
O correspondente do tabloide News of the World em Hollywood James Desborough foi preso pela polícia britânica nesta quinta-feira por envolvimento no escândalo das escutas ilegais, divulgou o jornal The Guardian. Repórter premiado na Grã-Bretanha e elogiado nos Estados Unidos pela forma incisiva como descobria os segredos das celebridades, Desborough é suspeito de conspiração para interceptar comunicações.
Entenda o caso
- • O tabloide News of the World recorria a detetives e escutas telefônicas em busca de notícias exclusivas
- • Entre as vítimas dos grampos estão celebridades, políticos, membros da família real e até parentes de soldados mortos
- • Policiais da Scotland Yard também teriam sido subornados para fornecer informações em primeira mão aos jornalistas
- • O escândalo forçou o fechamento do jornal sensacionalista, que circulou por 168 anos e era um dos veículos do grupo News Corp., do magnata Rupert Murdoch
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Segundo o The Guardian, Desborough apresentou-se à polícia nesta manhã, no sul de Londres. Ele foi detido por volta das 10h30 e será interrogado por detetives privados contratados pelo News of the World. Suspeita-se que os delitos cometidos pelo jornalista ocorreram antes de ele ser promovido a correspondente do tablóide em Los Angeles, em abril de 2009.
Um mês antes, Desborough recebeu o prêmio de melhor repórter do ano especializado em celebridades pela imprensa britânica, que considereu suas matérias exclusivas inflexíveis. Ele conseguia fazer com que nenhuma celebridade com segredos pudesse dormir descansada.
Nos EUA, Desborough foi elogiado por Ian Halperin, autor especializado em Hollywood, como um “um repórter sólido” que “nunca se engana nos fatos”. Já o site Hollyscope descreveu o britânico como alguém que “obtém informação que nem os familiares mais próximos sabem”.
A detenção de Desborough indica que as suas “exclusivas” podem ter sido obtidas de forma ilegal e levanta a questão sobre se o repórter continuou a recorrer a escutas ilegais também nos EUA e se foi o único correspondente do News of the World em território britânico a cometer esse tipo de ilegalidades.
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