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Relatório revela detalhes de abuso sexual na Igreja Católica

Segundo uma comissão que investiga o caso, 13 vítimas cometeram suicídio

Por Da Redação
10 set 2010, 12h57

“Podemos dizer que nenhuma congregação escapou de registrar atos de pedofilia por um ou vários de seus membros”

A Igreja Católica da Bélgica começou a revelar em detalhes cerca de 300 casos de abusos sexuais que teriam sido cometidos por clérigos. Segundo documento de 200 páginas divulgado nesta sexta-feira, há denúncias em todas as dioceses e suspeita-se que 13 vítimas tenham cometido suicídio. As informações mancham a imagem da Instituição, marcada contantemente por escândalos deste tipo em todo o mundo.

A comissão investigadora, liderada pelo psiquiatra especialista em pedofilia Peter Adriaenssens, recebeu 475 queixas nos primeiros seis meses deste ano. Dois terços das vítimas eram meninos, com menos de 15 anos, mas estima-se que meninas possam ter convivido com a violência mesmo depois de adultas. Há, ainda, registro de uma criança que teria começado a ser abusada aos 2 anos.

A maioria dos casos ocorreu entre as décadas de 1950 e 1980. Uma mulher, que afirma ter sido violentada aos 17 anos por um padre, conta que chegou a procurar a ajuda de um bispo, em 1983. “Eu lhe disse: ‘Tenho um problema com um dos seus sacerdotes’. Ele me respondeu: ‘Ignore-o e ele vai deixá-la em paz'”, lembra.

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Abusadores – Os suspeitos são principalmente clérigos católicos – membros da Igreja -, mas também há acusações contra professores de religião e adultos que lideravam movimentos religiosos juvenis. A descrição dos abusadores é sempre imprecisa, mas a investigação mostra que a prática era frequente no país. “Podemos dizer que nenhuma congregação escapou de registrar atos de pedofilia por um ou vários de seus membros”, diz o documento.

A comissão afirma que as investigações devem continuar, devido ao grande volume de denúncias – que começaram a surgir em abril, após a renúncia do arcebispo Roger Vangheluwe, que reconheceu ter abusado sexualmente de um sobrinho, entre 1973 e 1986. O grupo que apura os casos foi criado em 2000 pela Conferência Episcopal.

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