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Reino Unido realiza ciberataques contra Estado Islâmico

Segundo diretor da inteligência britânica, a ofensiva cibernética já dura mais de dez anos e teve início no conflito do Afeganistão

Por Da redação
12 abr 2018, 10h48

O Reino Unido conduziu uma “grande campanha cibernética ofensiva” contra o grupo Estado Islâmico (EI), afirmou nesta terça-feira o diretor da agência de inteligência britânica GCHQ, Jeremy Fleming, em seu primeiro discurso público no cargo.

Segundo Fleming, que é ex-agente do serviço de segurança britânico MI5, a operação começou há mais de uma década, atuando inicialmente no conflito do Afeganistão. As ações “impediram a capacidade do grupo de coordenar ataques” e “reprimiu sua propaganda”.

“Os resultados dessas operações são amplos”, disse ele à conferência da Cyber ​​UK, em Manchester. “Em 2017 houve ocasiões em que o Daesh [nome alternativo para o Estado Islâmico] achou quase impossível espalhar seu ódio online, usar seus canais normais para espalhar sua retórica ou confiar em suas publicações.”

Fleming disse que grande parte da operação era “sensível demais para falar”, mas afirmou que interrompeu as atividades online do grupo e até destruiu equipamentos e redes.

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Ainda assim, o diretor da inteligência britânica ressaltou que a luta contra o EI não acabou. Segundo ele, o grupo continua a “procurar realizar ou inspirar novos ataques no Reino Unido” e a encontrar novos “espaços sem governo para basear suas operações”.

Rússia

Fleming também criticou a Rússia pelo que chamou de “comportamento cibernético inaceitável”, que é uma “crescente ameaça” para o Reino Unido e seus aliados.

Ele lembrou o ciberataque NotPetya na Ucrânia, em 2017, que acabou se espalhando pelo mundo. O Reino Unido e os Estados Unidos, na época, chegaram a afirmar que os militares russos estavam por trás do ataque, mas Moscou negou a alegação.

“Eles não estão seguindo as mesmas regras”, disse Fleming. “Eles estão misturando as fronteiras entre atividades criminais e estaduais. Continuaremos expondo o comportamento cibernético inaceitável da Rússia para que eles sejam responsabilizados pelo que fazem e para ajudar o governo [britânico] e a indústria a se proteger.”

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Ele citou, também, o caso do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha, Yulia, que foram envenenados com um agente químico neurotóxico na cidade inglesa de Salisbury, no início de março. O Reino Unido culpou Moscou pelo ataque, mas a Rússia nega qualquer envolvimento.

“A resposta robusta do Reino Unido e da comunidade internacional mostra ao Kremlin que os atos ilegais têm consequências”, disse ele.

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