O governo da Grã-Bretanha anunciou na manhã desta quarta-feira um plano de 50 bilhões de libras (equivalente a 87 bilhões de dólares, ou 191 bilhões de reais) para estabilizar o sistema financeiro nacional e minimizar os efeitos da crise mundial. Com o dinheiro, o governo comprará ações dos principais bancos do país, que passam por problemas de liquidez.
O ministro das Finanças, Alistair Darling, afirmou que o principal alvo da ação é o Royal Bank of Scotland (RBS). Mas outras instituições já confirmaram participação no esquema: Abbey, Barclays, HBOS, HSBC, Lloyds TSB, Nationwide Building Society e Standard Chartered.
Detalhes – Inicialmente, o governo vai oferecer parte dos 50 bilhões de libras para oito dos maiores bancos britânicos. Em troca, receberá ações preferenciais dessas instituições: esses papéis não permitem direito a voto, mas têm prioridade na distribuição de dividendos, que são uma parte do lucro da empresa.
Além do pacote, o governo vai oferecer ainda mais 200 bilhões de libras esterlinas (cerca de 350 bilhões de dólares), via Banco da Inglaterra (banco central britânico), para empréstimos de curto-prazo. O objetivo é dar liquidez aos bancos, segundo reportagem da rede britânica BBC.
A crise atual foi causada, em parte, pela relutância dos bancos de emprestar dinheiro uns aos outros, e o governo espera que agora este problema seja resolvido. Será estabelecida ainda uma companhia especial para fornecer até 250 bilhões de libras (437 bilhões de dólares) em garantias de empréstimo para bancos.
Apesar do anúncio do pacote, o índice FTSE 100 da bolsa de valores de Londres abriu em baixa de 3,9%. Mas as ações de bancos tiveram alta, lideradas pelo HBOS, com uma valorização de 26% após queda acentuada na terça-feira.
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