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Rei saudita libera voto feminino

Em um país onde mulheres sequer podem dirigir, o direito ao voto e à disputa de eleições municipais é um grande avanço

Por Da Redação
25 set 2011, 15h55

O rei Abdullah da Arábia Saudita garantiu, neste domingo, o direito feminino ao voto e à disputa de eleições municipais. Isso representa um feito inédito para um país ultraconservador, onde as mulheres são sujeitas a muitas restrições, como, por exemplo, a proibição de dirigir um automóvel e de viajar sem o consentimento de um guardião masculino. “A partir da próxima legislatura, as mulheres terão o direito de disputar eleições municipais e escolher candidatos, segundo os princípios islâmicos”, afirmou Abdullah, em um discurso no Conselho da Shura, transmitido ao vivo pela televisão estatal.

O rei Abdullah disse que tomou esta decisão porque “recusamos marginalizar o papel da mulher na sociedade saudita em todos os campos”. De acordo com Abdullah, “modernização equilibrada de acordo com nossos valores islâmicos é uma demanda necessária em uma época em que não há lugar para aqueles que hesitam (em seguir adiante)”. Ele não mencionou qualquer coisa sobre o direito das mulheres de dirigir no reino, onde elas precisam contratar motoristas homens ou depender da boa vontade de parentes se não tiverem os meios de fazê-lo.

Manal al-Sharif, uma consultora de segurança informática de 32 anos, detida em 22 de maio por 10 dias após publicar no site YouTube um vídeo no qual ela aparecia circulando de carro na cidade de Khobar, disse à AFP que a decisão do rei foi “histórica e corajosa”.”O rei é um reformista”, disse ela a respeito do monarca de 86 anos, cujo país foi poupado da ‘Primavera Árabe’, como ficou conhecida a onda de protestos que sacudiram a região e varreram os regimes autocráticos da Tunísia e do Egito.

A decisão real significa que as mulheres poderão participar das eleições previstas para daqui a quatro anos, uma vez que o próximo pleito será disputado na quinta-feira e as indicações já estão fechadas. Além de participar das listas públicas únicas no país, as mulheres também teriam o direito de ingressar no Conselho (consultivo) da Shura, cujos membros são todos nomeados, afirmou o rei no discurso de inauguração da nova legislatura do conselho.

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Na próxima quinta-feira, mais de 5.000 homens disputarão as eleições municipais- as segundas da história da Arábia Saudita- para preencher a metade das cadeiras dos 285 conselhos municipais do reino. A outra metade é indicada pelo governo. As primeiras eleições foram celebradas em 2005, mas o governo estendeu a legislatura do atual conselho por dois anos.

(Com AFP)

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