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Rei da Jordânia diz que acabou a ‘conspiração’ e reforça estabilidade

Abdullah II abordou a pior crise política do país em décadas, desencadeada por suposta conspiração envolvendo seu meio-irmão, o príncipe Hamzah

Por Da Redação Atualizado em 7 abr 2021, 16h20 - Publicado em 7 abr 2021, 16h07

Em discurso televisivo transmitido nesta quarta-feira, 7, o rei Abdullah II abordou a pior crise política da Jordânia em décadas, desencadeada por uma suposta conspiração envolvendo seu meio-irmão, o príncipe Hamzah.

A crise na família real estourou durante o fim de semana, quando o comandante do Estado-Maior da Jordânia visitou o príncipe e o alertou para parar de participar de reuniões com críticos ao governo. Hamzah, outrora herdeiro ao trono, acusou a instituição de segurança de ameaçá-lo e ordenou que o general deixasse sua casa.

No sábado, 3, as autoridades da Jordânia anunciaram a prisão domiciliar do príncipe por “razões de segurança” por “conspirar contra a segurança e a estabilidade do país”. Em resposta, dois dias depois, Hamza afirmou que não iria obedecer a proibição de sair de sua residência em Amã e não manter contato com o mundo exterior.

Ele negou envolvimento em qualquer conspiração. Ao todo, cerca 18 pessoas foram detidas por participação no suposto complô, incluindo ex-funcionários do alto escalão do governo e da família real. Segundo o governo, eles seriam parte de uma “trama maliciosa” para desestabilizar o país com apoio estrangeiro. 

Na terça-feira, no entanto, a Corte Real afirmou que a questão seria lidada a portas fechadas, com mediação de um tio do príncipe e do rei.

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“Garanto a vocês que a sedição foi cortada pela raiz”, disse o rei Abdullah II em um discurso lido na TV estatal.

O monarca então ressaltou que o país está acostumado a enfrentar e triunfar sobre desafios. “Ao longo de nossa história, derrotamos todos os alvos que tentaram minar a pátria e saímos deles mais fortes e mais unidos”, disse. 

“O desafio destes últimos dias não foi o mais perigoso para a estabilidade do país – mas foi o mais doloroso para mim”, completou. 

Abdullah disse que uma investigação será realizada de acordo com a lei e que os próximos passos serão regidos “pelos interesses da pátria e do nosso povo fiel”. O palácio já havia insistido que a disputa estava sendo resolvida dentro da família, mas grandes desafios se aproximam para a monarquia aliada do Ocidente, vista há muito tempo como um pilar da estabilidade regional.

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Enquanto isso, as autoridades impuseram uma ordem de silêncio geral sobre a denúncia do suposto complô, em um sinal da sensibilidade de como a disputa é percebida. Um grande provedor de internet ficou inativo por várias horas na quarta-feira e residentes na capital, Amã, relataram ter visto aeronaves militares e helicópteros durante a noite.

A Jordânia já estava lutando contra uma crise econômica exacerbada pela pandemia do coronavírus, com uma em cada quatro pessoas desempregadas. Reclamações de longa data sobre corrupção geraram protestos dispersos nos últimos meses.

Tensões e críticas ao governo aumentaram desde que nove pacientes com Covid-19 morreram por falta de oxigênio em um hospital público recém-construído. Protestos contra corrupção e o caso do hospital foram dissipados com gás lacrimogêneo.

Em um ato que enfureceu o rei, Hamza visitou familiares dos mortos para expressar seus sentimentos.

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