Cairo, 5 mai (EFE).- O regime sírio libertou neste sábado 265 pessoas detidas por envolvimento nas revoltas no país que não eram acusadas de crimes violentos, informou a agência oficial de notícias ‘Sana’.
Em um breve comunicado, a ‘Sana’ lembrou que o regime pôs em liberdade no dia 5 de janeiro 552 detidos que também não eram envolvidos em atos violentos.
O anúncio do indulto ocorre quando uma missão de observadores da ONU se encontra na Síria para fiscalizar o cumprimento do frágil cessar-fogo, mas a violência no país não foi interrompida.
O regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, tem libertado de forma periódica pessoas detidas por participarem dos protestos, mas a medida deste sábado foi o maior indulto em massa em meses.
Há duas semanas, outras 30 pessoas foram postas em liberdade, o que é uma das condições impostas pelo cessar-fogo estipulado pelas partes sob os auspícios do mediador da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, há quase um mês.
Apesar disso, o ritmo de prisões continua sendo muito superior às libertações esporádicas realizadas pelas autoridades sírias.
Além disso, o regime deu vários prazos aos opositores para que se entreguem e, em troca, se beneficiem de uma anistia, desde que não estejam relacionados a crimes violentos.
A violência continuou neste sábado na Síria. Uma bomba explodiu na cidade de Aleppo, fato que causou várias vítimas, segundo a oposição, e o centro de Damasco sofreu uma dupla explosão, que provocou danos materiais leves. EFE