Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Reféns mortos em Sydney são tratados como heróis

Segundo relatos, a advogada Katrina Dawson protegeu amiga grávida, e o gerente Tori Johnson morreu ao tentar pegar arma de extremista

Por Da Redação
16 dez 2014, 16h22

Os dois reféns que morreram depois de ficar quase dezessete horas em poder de um homem armado em um café em Sydney tentaram proteger outros reféns e estão sendo tratados como heróis, de acordo com relatos da imprensa australiana. Katrina Dawson, uma advogada de 38 anos, e o gerente do café Tori Johnson, de 34 anos, foram homenageados nesta terça-feira por milhares de pessoas, que depositaram flores na entrada do estabelecimento.

Segundo a rede ABC Austrália, Johnson foi morto ao tentar pegar a arma de Man Haron Monis, aproveitando um momento de distração do extremista. Seis reféns aproveitaram a luta entre os dois para fugir.

A advogada Katrina, mãe de três filhos, morreu em meio ao tiroteio que se seguiu à invasão policial. Segundo testemunhas, ela teria se colocado na frente de outra refém, uma amiga que estava grávida. As duas haviam se encontrado no café pouco antes de o local ser invadido. O extremista também morreu depois da invasão.

Saiba mais:

Austrália: ameaça jihadista vai além da tragédia em Sydney

Nesta terça-feira, em uma missa em homenagem às vítimas na catedral de Sydney, o arcebispo Anthony Fisher declarou que Katrina e Johnson eram heróis e “sacrificaram suas vidas para que outros pudessem viver”.

Três mulheres que ficaram feridas durante o cerco ainda estão hospitalizadas, entre elas, a brasileira Marcia Mikhael, de 43 anos, que sofreu ferimentos no pé. Um policial que foi atingido por um estilhaço de bala no rosto recebeu alta hoje.

Continua após a publicidade

Na segunda-feira, o primeiro-ministro Tony Abbott disse que o extremista já era conhecido das autoridades australianas. Ele nasceu no Irã com o nome de Manteghi Bourjerdi, mudou-se para a Austrália em 1996 na condição de refugiado, adotando o novo nome. Monis se apresentava como clérigo muçulmano, mas ainda não está claro se ele é realmente uma autoridade religiosa. Ele estava em liberdade sob fiança, acusado de ser cúmplice do assassinato de sua ex-mulher.

Durante o cerco, Monis tentou associar a ação ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Ele chegou a pedir aos negociadores uma bandeira do grupo jihadista que semeia o terror na Síria e no Iraque e para falar com Abbott em uma transmissão ao vivo – os pedidos não foram atendidos. Os reféns, contudo, foram obrigados a exibir na janela do café uma bandeira com a inscrição da shahada, “Alá é único e Maomé é seu profeta”, uma expressão de fé comum ao mundo islâmico, que foi cooptada por grupos jihadistas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.