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Rebeldes sírios executaram 190 civis durante ofensiva

Relatório do Human Rights Watch pede que ONU imponha embargo de armas sobre todos os grupos suspeitos de participação no ataque

Por Da Redação
11 out 2013, 12h18

As forças opositoras ao regime do ditador sírio Bashar Assad executaram 190 civis e fizeram outros 200 reféns durante uma ofensiva no mês de agosto, segundo um relatório divulgado nesta sexta-feira pela organização humanitária Human Rights Watch. De acordo com a rede BBC, os rebeldes atacaram vilarejos de minoria alauita na cidade costeira de Latakia, onde a população é favorável a Assad. Além de denunciar os indícios que apontam para crimes contra a humanidade, a organização pede à ONU que imponha um embargo de armas sobre os grupos suspeitos de participação no ataque.

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A entidade afirma que realizou uma investigação nos vilarejos em setembro, além de ter entrevistado trinta pessoas, entre elas sobreviventes e combatentes governistas e rebeldes. O relatório de 105 páginas atesta que diversos grupos de oposição atacaram o reduto alauita nas primeiras horas do dia 4 de agosto. Um soldado do Exército disse que pelo menos trinta dos seus companheiros foram mortos na ofensiva. Sem resistência das forças sírias, os rebeldes executaram sumariamente os moradores de onze vilarejos.

“Oito sobreviventes e testemunhas descreveram como as forças rebeldes executaram pessoas e abriram fogo contra civis, às vezes matando famílias inteiras que estavam em suas casas desarmadas ou fugindo do ataque, e às vezes assassinando o homem da família para manter crianças e mulheres como reféns”, afirma o relatório. A organização nomeou os 190 civis mortos durante a ação, incluindo 57 mulheres, dezoito crianças e catorze idosos. O número de mortos, contudo, deve ser maior do que o divulgado, já que muitos continuam desaparecidos ou foram enterrados em valas comuns.

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Fontes ligadas à oposição disseram que mulheres e crianças capturadas na ofensiva ainda são mantidas reféns. Pelo menos vinte grupos rebeldes estão envolvidos no ataque, incluindo radicais islâmicos da Frente Al-Nusra e do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis). Nenhuma organização apoiada pelo Ocidente ou filiada ao Exército Sírio Livre (ESL) é suspeita de participar da ofensiva. O levantamento da organização aponta que o Exército sírio tomou controle dos vilarejos em 18 de agosto, após um novo ataque contra os opositores.

Cessar-fogo – O fogo cruzado entre as forças governistas e rebeldes levou o diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), Ahmet Uzumcu, a pedir um cessar-fogo para garantir o trabalho dos inspetores responsáveis pela destruição das armas químicas no país. O regime de Assad aceitou a intervenção da organização após um pacto firmado entre os governos de Estados Unidos e Rússia. O empenho em eliminar o arsenal sírio rendeu à Opaq o Prêmio Nobel da Paz deste ano.

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