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Rebeldes sírios afirmam ter controlado base aérea militar

Reunião em busca de solução para conflito termina sem avanços em Genebra

Por Da Redação
11 jan 2013, 20h07

Rebeldes sírios afirmaram nesta sexta-feira terem tomado o controle de uma base aérea militar estratégica em Taftanaz, no noroeste do país, depois de semanas de intensos combates com as forças do governo de Bashar Assad. O aeroporto era usado pelas forças do governo para bombardear os rebeldes e para enviar explosivos para regiões no norte da Síria. Pouco depois da captura da base, as forças do governo bombardearam pistas e prédios da base, segundo .

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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Segundo a ONG opositora Observatório Sírio de Direitos Humanos, o aeroporto foi conquistado pela Frente Al-Nusra, pelo Ahrar al-Sham e pelo Taliaa al-Islamiya, três grupos radicais islamitas. Recentemente, os rebeldes conquistaram dois aeroportos de menor importância, perto de Bou Kamal (leste) e na região de Damasco.

“Esta é a maior base aérea a ser capturada desde o início da revolta”, disse o diretor do OSDH, em entrevista à agência France-Presse. Ele acrescentou que o Exército removeu a maior parte dos helicópteros da base, deixando para trás duas dezenas, sem condições de uso. A ONG, que tem sede na Grã-Bretanha, obtém suas informações através de uma extensa rede de militantes e médicos mobilizados na Síria

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Negociações – A tomada da base aérea ocorre no mesmo dia em que o enviado da ONU para a Síria, Lakhdar Brahimi, reuniu-se em Genebra, na Suíça, com diplomatas russos e americanos para tratar do conflito no país, sem conseguir avanços. A reunião tinha como objetivo discutir uma forma de implementar o plano proposto pelo Grupo de Ação sobre a Síria em junho passado, que prevê um governo de transição com plenos poderes no país, sem apontar qual o destino de Assad.

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Um comunicado divulgado depois do encontro ressaltou que todos os lados concordaram que não há solução militar para o conflito e enfatizaram a necessidade de se buscar uma solução política.

“Se me perguntarem se uma solução está próxima, não estou certo que este é o caso”, disse Brahimi. “Há uma necessidade absoluta de se continuar a trabalhar por uma solução de paz, e cabe à comunidade internacional, em particular aos membros do Conselho de Segurança, criar a abertura necessária para a resolução efetiva do problema”.

Ele indicou que apresentará um relatório sobre sua missão ao Conselho de Segurança da ONU até o final deste mês.

O conflito na Síria já dura 21 meses, período em que mais de 60.000 pessoas foram mortas, segundo a ONU. No último domingo, Bashar Assad fez um raro discurso chamando os rebeldes de “marionetes do Ocidente” e convocando os sírios para a luta. O discurso foi criticado pelo Ocidente.

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(Com agência Reuters e France-Presse)

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