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Rebeldes renunciam às armas na República Democrática do Congo

Insurgentes do grupo M23 disseram que buscarão resolver a crise no país através de “meios políticos”. Organização teria sofrido dura derrota militar

Por Da Redação
5 nov 2013, 16h11

Os rebeldes do grupo armado M23 abdicaram da luta armada contra o governo da República Democrática do Congo (RDC) nesta terça-feira. Segundo a rede BBC, os insurgentes emitiram um comunicado explicando que buscarão resolver a crise no país através de “meios puramente políticos”. As autoridades congolesas informaram que os líderes rebeldes fugiram rapidamente do país, enquanto outros membros da organização se renderam. O Exército declarou que agora perseguirá outros grupos rebeldes, como a milícia ruandesa Hutu FDLR, que substituiu o M23 no topo da lista de insurgentes mais temidos no país.

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Responsável por apresentar o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo, segundo ranking divulgado pela ONU neste ano, a RDC mergulhou em conflitos internos em abril de 2012, quando soldados do Exército congolês desertaram e formaram o M23, sob a justificativa de que o governo não havia respeitado plenamente um acordo de paz de março de 2009 – segundo o qual o movimento rebelde se tornaria um partido político – e em resposta a um chamado de rebelião do general Bosco Ntaganda, que foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade e crimes de guerra. A capital da região de Kivu do Norte, Goma, chegou a ficar sob o poder dos rebeldes durante onze dias, período marcado por uma série de abusos de direitos humanos.

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As autoridades calculam que aproximadamente 800 000 pessoas fugiram da RDC devido ao conflito travado entre o governo e o M23. Apesar de darem uma justificativa política para a renúncia às armas, os insurgentes fizeram o anúncio após uma dura derrota militar para as forças de segurança do país. O Exército congolês lançou recentemente uma ofensiva contra os rebeldes e dominaram o último grande reduto do M23, localizado na cidade de Bunagana, em 25 de outubro. Além disso, um acordo entre líderes africanos firmado na segunda-feira determinou que o M23 deveria fazer “uma declaração pública de renúncia à rebelião” para permitir a assinatura de um acordo de paz com o governo.

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“Estamos conversando agora para conseguir a rendição de outros grupos armados, porque se eles não quiserem abdicar da rebelião, nós iremos desarmá-los à força”, declarou o porta-voz do Exército, coronel Olivier Hamuli, à BBC. “Esta foi uma grande vitória para a população congolesa, mas o mais importante é acordar a paz”, acrescentou. Outras facções rebeldes que apresentam ameaças ao governo estão localizadas nas províncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul. “Não há mais espaço nesse país para grupos irregulares”, sentenciou o ministro da Informação, Lambert Mende, à agência de notícias France-Presse.

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