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Rebeldes controlam terminais petrolíferos no leste da Líbia

Empresas brasileiras seguem retirando seus funcionários do país em crise

Por Da Redação
24 fev 2011, 16h35

Importantes terminais petrolíferos da Líbia, situados a leste da capital Trípoli, estão sob o controle de rebeldes contrários ao ditador Muamar Kadafi, disseram moradores da cidade de Benghazi. Contudo, eles informaram à agência de notícias Reuters, nesta quinta-feira, que os terminais de petróleo de Ras Lanuf, o maior porto de exportação do produto que fica na costa mediterrânea, e Marsa el Brega estão sendo protegidos. Diante da situação caótica instaurada no país, empresas brasileiras seguem retirando suas equipes.

Depois de funcionários da construtora Andrade Gutierrez, empregados da Odebrecht e da Petrobras foram retirados, nesta quinta, em um avião fretado que partiu de Trípoli e pousou na ilha de Malta com 446 pessoas a bordo. Entre elas, 107 brasileiros e seus parentes. A Odebrecht também informou, em nota, que este foi o primeiro voo fretado pela empresa para resgatar brasileiros. Ainda permanecem na Líbia 2.749 funcionários da empresa.

A companhia disse que estão previstos para hoje mais dois voos para a Malta com capacidade de 450 pessoas cada. Um navio com capacidade para 2.000 pessoas também chegou a Trípoli ainda também quinta para ajudar no resgate. Os passageiros ficarão hospedados em hotéis de Malta até retornarem a seus países. Mais cedo, pelo menos três funcionários da Andrade Gutierrez desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, vindos em um voo que partiu de Lisboa, Portugal.

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Petróleo – De acordo com Soliman Karim, um morador que está envolvido na administração da cidade de Benghazi, as exportações de petróleo da Líbia continuam, apesar da crise no território. A atividade é fonte vital de receita do país, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

“Com relação a Ras Lanuf, o maior porto de exportação de petróleo, e El Brega, e dos gasodutos que vão do deserto para os portos, os revolucionários tomaram controle deles”, disse Karim, advogado de 65 anos que atua nos comitês criados para administrar Benghazi, agora que a cidade está fora do domínio de Kadafi. “As exportações prosseguem como de costume, nos mesmos volumes acordados anteriormente”, disse ele, informando que suas fontes são pessoas da área onde os rebeldes estão no comando. “Os revolucionários estão protegendo essas áreas, porque são áreas vitais. Não queremos que sejam sabotadas e não queremos parar de exportar petróleo”, acrescentou Karim.

Outro morador de Benghazi, identificado apenas como Tawfik, também disse que Ras Lanuf e Marsa el Brega não estão nas mãos das forças de Kadafi. Mas ele sugeriu que pode sim ter havido algum impacto sobre o fluxo de petróleo exportado. A comunicação telefônica com Tawfik foi cortada antes de ser possível obter mais detalhes, segundo a Reuters.

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A turbulência no 12º maior exportador petrolífero do mundo cortou pelo menos 400 mil barris por dia (bpd) da produção líbia normal de 1,6 milhão de bpd, de acordo com cálculos da Reuters. Os combates entre partidários de Kadafi e seus opositores, que começaram no leste do país, já estão em cidades muito mais próximas da capital. Regiões da Líbia ao leste de Trípoli agora estão sob comando dos rebeldes, incluindo Benghazi.

EUA – O governo americano pediu nesta quinta-feira que a Líbia seja expulsa do Conselho de Direitos Humanos da ONU devido à violenta repressão do regime, que viola os direitos do povo. “Acreditamos que a Líbia deve ser expulsa do Conselho de Direitos Humanos”, afirmou o porta-voz do departamento de Estado, Philip Crowley.

O país vive uma intensa crise desde que forças leais a Kadafi começaram a reprimir com violência manifestações contra o governo. Na manhã desta quinta-feira, o ditador fez um novo pronunciamento, demonstrando resistência frente ao levante popular. Ele acusou os militantes de serem viciados em drogas e de agirem sob o comando da rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden.

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(Com agência Reuters)

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