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Ramos Horta está fora do segundo turno no Timor Leste

Por Romeo Gacad
18 mar 2012, 14h56

O presidente do Timor Leste, o prêmio Nobel da Paz José Ramos Horta, está fora do segundo turno da eleição presidencial, após a apuração de 73,46% dos votos do primeiro turno, anunciou a Comissão Eleitoral.

O candidato de esquerda Francisco “Lu Olo” Guterres, líder da Fretilin, principal grupo da oposição, lidera a apuração com 28,38% dos votos válidos.

Na segunda posição aparece o general Taur Matan Ruak, candidato do CNRT, de centro-esquerda, atualmente na coalizão governista, com 25,07% dos votos.

José Ramos Horta tem apenas 17,99% dos votos e não conseguirá disputar o segundo turno, previsto para abril.

Doze candidatos disputaram o primeiro turno da eleição presidencial. O cargo de presidente é, em grande medida, honorífico no Timor.

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Em 2007, Ramos Horta, figura histórica da independência da antiga colônia portuguesa, derrotou “Lu Olo” no segundo turno com 69% dos votos, graças ao apoio do CNRT do primeiro-ministro Xanana Gusmão.

No primeiro turno de 2007, Ramos Horta obteve 22% dos votos, contra 28% de “Lu Olo”.

Ramos-Horta, símbolo da luta pela independência deste pequeno Estado do sudeste da Ásia de 1,1 milhão de habitantes, havia manifestado dúvidas sobre continuar como chefe Estado, uma função que quase custou sua vida em 2008, em um atentado.

Ele finalmente aceitou o desafio da nova candidatura, depois de ter recebido ano passado uma petição com 120.000 assinaturas, mais de 10% da população, reclamando sua candidatura.

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Envolvido na luta separatista desde a adolescência, José Ramos-Horta foi nomeado chefe da diplomacia com a proclamação da independência, em 1975, depois de quatro séculos de colonização portuguesa. Assim ele voou para Nova York para defender na ONU a causa da jovem nação. Três dias mais tarde, as tropas indonésias invadiram o país.

Geralmente chamado de “a voz” de Timor, Ramos-Horta se tornou então, com apenas 25 anos, no denunciante do “genocídio” sofrido por seu povo. Recebeu o Nobel da Paz em 1996.

Em 1999, a retirada das tropas indonésias permitiu seu retorno triunfal a Dili. Em 2002, com a proclamação oficialmente da independência do país, foi nomeado ministro das Relações Exteriores e, depois, primeiro-ministro, em 2006, antes de ser eleito presidente em 2007.

Segundo a ONU, 40% dos timorenses vivem abaixo da linha da pobreza.

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O desenvolvimento do pequeno país também é obstruído pela “corrupção e ineficiência” do Parlamento, segundo as palavras do próprio Ramos-Horta, reveladas em documentos do WikiLeaks.

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