O atual presidente do Equador, Rafael Correa, confirmou neste sábado que vai se candidatar à reeleição em fevereiro de 2013. O anúncio representa um desafio à oposição equatoriana, ainda bastante dividida.
Correa, de 49 anos, que controla um orçamento robusto por causa da produção de petróleo do país, é um conhecido perseguidor da imprensa independente. Recentemente, para melhorar sua reputação em relação a temas ligados à liberdade de expressão, deu asilo a Julian Assange, fundador da WikiLeaks.
Numa aliança estratégica, Assange, que é processado por crime sexual na Suécia, refugiou-se na embaixada equatoriana de Londres para evitar sua extradição. Contudo, segundo o ex-juiz Baltasar Garzón, que coordena a defesa de Assange, ele está bem mas não pode continuar por muito mais tempo na embaixada londrina porque sua saúde pode se deteriorar.
“Ele – Assange – está bem, mas a situação se deteriorará em breve”, disse Garzón, que afirmou que se sua estadia na embaixada se prolongar, “teremos problemas médicos consideráveis” e talvez até problemas psicológicos, devido às condições de sua reclusão.
O ex-juiz explicou que Assange, refugiado na embaixada em Londres desde 19 de junho, ocupa um quarto de dimensões reduzidas, sem as condições que até um centro penitenciário lhe garantiria.
Em outubro, o vice-ministro das Relações Exteriores equatoriano, Marco Albuja, declarou que seu governo está “muito preocupado” com o estado de saúde de Assange, que “emagreceu muito”.
(Com Reuters)