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Quem são os candidatos à direção do partido de Merkel e sua sucessão

Membros da União Democrata-Cristã escolhem entre três candidatos neste sábado, 16; Vencedor tem meio caminho andado para comando do país

Por Da Redação 15 jan 2021, 16h08

A União Democrata-Cristã da Alemanha (CDU) elege seu novo presidente, no sábado, 16, uma votação fundamental tendo em vista a sucessão da chanceler alemã Angela Merkel, cujo mandato termina após as eleições legislativas marcadas para setembro.

O vencedor estará bem colocado para ser o candidato a chanceler nas eleições legislativas de 26 de setembro. Apesar disso, a Presidência da CDU não garante automaticamente esse privilégio, uma vez que o líder do partido nas eleições é nomeado posteriormente e pode haver outros pretendentes ao cargo.

Os 1.001 delegados da sigla, que está no poder há 15 anos, deverão decidir entre três candidatos, de perfis bem diferentes. São eles o moderado Armin Laschet; um candidato mais inclinado à direita, Friedrich Merz; e o independente Norbert Röttgen.

O resultado da votação, em dois turnos e feita virtualmente ou por votos pelo correio, deve ser acirrado e será anunciado no sábado durante um Congresso. Neste ano, o evento também acontece inteiramente no ambiente virtual por causa da Covid-19.

Várias vezes adiada por causa da epidemia, a eleição se dá após a renúncia de Annegret Kramp-Karrenbauer, considerada a herdeira política de Merkel, mas que acabou deixando o cargo por não conseguir se impor sobre membros do partido. 

Os candidatos

Friedrich Merz, adversário da chanceler desde que ela o destituiu da Presidência do grupo conservador no Bundestag em 2002, sonha em finalmente se vingar.

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Derrotado por Kramp-Karrenbaueren em 2018, o empresário defende o liberalismo econômico e uma posição muito dura em relação à imigração. Merz espera, assim, atrair eleitores cada vez mais convencidos pela extrema direita.

Nas pesquisas, aparece como favorito entre os simpatizantes da CDU, embora comece com algumas desvantagens. Além de nunca ter exercido um mandato, em um discurso recente, o ex-advogado de 65 anos associou homossexualidade e pedofilia e criticou veementemente as restrições durante o Natal.

Armin Laschet, de 59 anos, é um moderado ex-jornalista que segue uma linha similar à adotada por Angela Merkel, que agora é mais popular do que nunca. Laschet pode agradar ao eleitorado mais centrista e, se for candidato em setembro, formar uma eventual coalizão com os Verdes, a segunda maior força do país.

A forma como lidou com a pandemia no comando da Renânia do Norte-Vestfália, a região mais populosa da Alemanha, custou-lhe críticas, porém. Na primavera boreal (outono no Brasil), Laschet defendeu uma flexibilização das restrições, uma atitude que especialistas consideraram prematura.

Embora a princípio parecesse muito promissor, a dupla que forma com Jens Spahn também não deu a liga esperada. A tal ponto que o popular ministro da Saúde teve de negar (embora não tenha sido capaz de convencer totalmente) sua intenção de concorrer a chanceler, no lugar de Laschet.

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O terceiro candidato, Norbert Röttgen, especialista em Relações Internacionais de 55 anos, parece ser o independente perfeito. Garante que não pertence a nenhum “lado” e promete rejuvenescer e levar mais mulheres ao partido. Em 2012, Merkel o afastou repentinamente do Ministério do Meio Ambiente, após um fracasso eleitoral.

Quem quer que ganhe as eleições partidárias, a questão da Chancelaria não estará resolvida, pelo menos, até a primavera.

Do lado conservador, paira a sombra de Markus Söder, líder do partido bávaro União Social Cristã (CSU), que se tornou uma das personalidades favoritas dos alemães, graças à abordagem prudente da pandemia.

Embora negue, Söder sonha que a CDU o convide depois das eleições locais marcadas para março. E, talvez, possa se tornar o primeiro chanceler da CSU.

De qualquer modo, o futuro presidente da CDU tem “certamente opções muito boas para apresentar à Chancelaria”, aponta Thorsten Faas, professor de Ciência Política da Universidade Livre de Berlim.

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