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Quem ficou com as caixas-pretas do avião abatido?

Tanto o governo de Kiev quanto os separatistas afirmam que estão com as duas caixas-pretas. Nenhum deles, no entanto, mostrou provas da posse dos objetos

Por Da Redação
18 jul 2014, 13h35

O destino das duas caixas-pretas do avião da Malaysia Airlines que foi abatido nesta quinta-feira no leste da Ucrânia, peças-chave na investigação sobre a tragédia que vitimou 298 pessoas, segue incerto – aponta reportagem do The New York Times. Kiev e os separatistas afirmam que estão com as caixas-pretas, mas nenhum deles ainda mostrou provas que sustentem suas afirmações.

Kostyantyn Batozsky, assessor do governador regional de Donetsk, área onde caiu o Boeing 777, disse em uma entrevista coletiva que os dispositivos de gravação de voz e dados da aeronave foram recuperados pelos trabalhadores do Ministério Serviços de Emergência ucraniana. No entanto, ele disse que não sabia a localização atual dos dispositivos ou quem estava em posse deles.

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Já Aleksander Borodai, rebelde pró-Rússia que lidera a autoproclamada República Popular de Donetsk, disse a jornalistas que seu grupo tinha as duas caixas-pretas e pretendia entregá-las aos funcionários da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que irão ajudar nas investigações. Borodai acrescentou que pediu aos seus homens para deixarem corpos e restos da aeronave intocados, para não prejudicar a investigação. O líder separatista afirmou que passou essa informação às autoridades holandesas e malaias. Entre as vítimas havia 154 holandeses e 43 malaios, incluindo os quinze tripulantes.

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Borodai afirmou também que não tinha intenção de tentar manipular as caixas-pretas porque elas podem ajudar a provar que os separatistas não eram culpados de derrubar o avião. “É nosso interesse ter uma revisão séria e desapaixonada deste problema por todos os especialistas internacionais”, disse ele. “Vamos permitir que os peritos internacionais trabalhem no local da queda do avião”.

Os combates no leste da Ucrânia entre os militares ucranianos e os separatistas pró-russos foram marcados pelo sucesso do uso de mísseis contra aviões em altitudes elevadas. O avião da Malaysia Airlines abatido nesta quinta feira estava a 10.000 metros de altura, numa altitude de cruzeiro. O Ministério da Defesa da Rússia negou qualquer responsabilidade e observou que unidades do Exército ucraniano possuem os lançadores de mísseis de defesa aérea BUK M1, mencionados como possível arma que derrubou o avião.

Já os Estados Unidos confirmaram que o míssil partiu da região controlada pelos separatistas, mas não acusou ninguém. O próprio presidente Barack Obama, em um discurso nesta sexta-feira em Washington, confirmou o local do lançamento do míssil e disse que os EUA não vão poupar esforços para descobrir a autoria do disparo.

Local da queda do avião na Ucrânia

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