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Quase treze anos após atentados, EUA inauguram museu do 11 de setembro

Memorial construído no Marco Zero, como é chamado o vazio que se formou onde estavam as Torres Gêmeas, será aberto ao público em geral na próxima semana

Por Da Redação
14 Maio 2014, 17h00

Passados quase treze anos do atentado terrorista que matou quase 3.000 pessoas, o museu do 11 de setembro será inaugurado nesta quinta-feira em Nova York, em uma cerimônia fechada com a presença do presidente Barack Obama. A abertura ao público em geral está marcada para a próxima quarta-feira, dia 21. Todos os ingressos para a inauguração já foram vendidos – a entrada para adultos custa 24 dólares (quase 53 reais). Familiares das vítimas e integrantes das equipes de resgate poderão visitar gratuitamente o museu.

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É grande a curiosidade em torno do projeto que demorou oito anos para ser concluído em um local que foi alvo de disputas desde a época dos ataques. Uma das controvérsias mais recentes está relacionada à disposição dos restos mortais das vítimas – muitas delas não identificadas – que foram levados para um espaço reservado, sem acesso do público. Alguns parentes temem que um lugar que chegou a ter 3 metros de água durante o furacão Sandy, que atingiu Nova York em 2012, possa inundar novamente. Outros foram contra manter os restos mortais em um local essencialmente turístico.

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“Vai ser fundamentalmente um ponto histórico, um monumento aos mortos ou uma atração turística no estilo ‘parque temático’? Quantos museus históricos são construídos em torno de um repositório de restos humanos, que ainda está sendo alimentado? Quantos cemitérios têm uma entrada de 24 dólares e vendem camisetas como suvenires? Quantos parques temáticos levam você, repetidamente, às lágrimas”, pergunta o jornal The New York Times em uma reportagem sobre o novo museu.

Os dois principais espaços de exibição estão no subsolo, a 20 metros da superfície, no ponto exato onde foram erguidas as primeiras vigas de sustentação das torres do World Trade Center. Eles lembram o dia em que o país foi atacado por terroristas, primeiro com um avião arremessado contra a Torre Norte do World Trade Center. Minutos depois, um segundo avião atingiu a Torre Sul. Em seguida, foi a vez de o Pentágono ser atacado, em Washington, e de um outro avião cair no estado da Pensilvânia.

Vídeos, áudios, fotografias e centenas de objetos documentam minuto a minuto os eventos daquela terça-feira, 11 de setembro de 2001. A história é contada por meio de mais de 10.000 itens, incluindo gravações dos últimos telefonemas das vítimas, vídeos de segurança dos terroristas da Al Qaeda passando pela segurança do aeroporto e imagens de pessoas que se jogaram das torres – estas, colocadas em locais reservados com avisos para o público. Há ainda muitos itens pessoais doados por parentes, um caminhão dos bombeiros praticamente intacto, com as mangueiras cuidadosamente dobradas, mas com a cabine destruída pelo fogo e a vitrine de uma loja de roupas localizada próxima ao Marco Zero, com os produtos totalmente cobertos pelas cinzas do WTC.

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“Essa é a maior homenagem que poderíamos prestar. Eles construíram um ponto turístico que desafiará o tempo. Tivemos muito trabalho aqui. Nunca foi fácil, mas foi essencial”, disse o ex-prefeito de Nova York e responsável pela direção do museu, Michael Bloomberg, ao jornal New York Post.

O museu faz parte do novo complexo pensado para ocupar o Marco Zero, como é chamada a área onde estavam as Torres Gêmeas. Também fazem parte do complexo um memorial em tributo às vítimas e dois espelhos d’água localizados exatamente onde estavam as torres gêmeas. Em placas de bronze estão gravados os nomes de cada um dos mortos no 11 de setembro e também das seis pessoas que perderam a vida no ataque à bomba ao WTC em 1993. Há ainda o One World, uma torre de 1.776 pés de altura (541 metros), referência ao ano da independência americana.

(Com agência Reuters)

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