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Quase 900 mulheres morreram em 2013 por crimes de honra no Paquistão

Relatório divulgado nesta quinta aponta que sociedade paquistanesa é omissa e conivente com crimes contra as mulheres

Por Da Redação
24 abr 2014, 12h56

Quase 900 mulheres morreram no ano passado no Paquistão nos chamados crimes de honra, geralmente realizados por parentes das vítimas, segundo um relatório publicado nesta quinta-feira pela Comissão de Direitos Humanos do Paquistão (CDHP). Os 869 casos documentados pela Comissão ficam abaixo dos 913 denunciados de 2012 e aos 943 de 2011, e se constata a passividade oficial para lutar contra a forte discriminação que as mulheres sofrem nessa região do planeta.

“Esse tipo de crime persiste pela impunidade dos assassinos”, afirma o documento da CDHP, que denuncia que a tradição islâmica de permitir a absolvição dos agressores se forem perdoados pela família da vítima favorece os criminosos. “A família da vítima costuma ser também a do criminoso, e frequentemente perdoa seu parente por conveniência'” afirma o relatório, que sentencia que “a impunidade continua e estimula outros a seguirem o exemplo”.

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Os crimes de honra são muito frequentes no sul da Ásia e costumam envolver homens de uma família que vingam o que acreditam ser uma afronta à conservadora moral familiar das sociedades locais, como um simples casamento não consentido. O relatório denuncia outras formas de violência doméstica, e inclui como vítimas as suicidas registradas, quase sempre pressionadas por conflitos familiares derivados de questões de honra e por agressões machistas.

A HRCP também relata outras situações de horror, como a das 56 mulheres assassinadas pelo simples fato de terem dado à luz uma menina, o que costuma se chocar com o desejo dos cônjuges e suas famílias de ter descendentes homens.

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No ano passado, as autoridades registraram quase 3.000 denúncias de estupro, mas o documento evidencia a falta de dados de algumas províncias e “números estranhamente baixos” em outras, o que indica que, como nos crimes de honra, a maioria de agressões passa despercebida.

(Com agência EFE)

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