Quadro de Nelson Mandela é ‘muito melhor’, dizem médicos
Ex-presidente sul-africano, de 94 anos, responde bem ao tratamento para pneumonia. Afastado da política há 10 anos, é reverenciado em todo o mundo
O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela apresenta boa resposta ao tratamento para pneumonia ao qual está sendo submetido. Segundo o governo da África do Sul informou nesta quarta-feira, os médicos afirmam que ele está muito melhor agora do que quando foi internado, há uma semana.
O comunicado do gabinete do presidente Jacob Zuma foi o mais otimista até agora desde que o herói da luta antiapartheid, de 94 anos, foi hospitalizado devido à recorrência de uma infecção pulmonar.
Caio Blinder:
Como será a África do Sul sem Nelson Mandela?
“Os médicos dizem que ele continua a responder satisfatoriamente ao tratamento e está muito melhor agora do que quando foi internado no hospital, no dia 27 de março de 2013”, informa o comunicado. No sábado, o governo disse que os médicos haviam drenado o excesso de fluído dos pulmões e que Mandela estava respirando sem dificuldade.
Saúde debilitada – Este é o terceiro quadro grave de saúde em quatro meses para Mandela, que tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul em 1994 e é considerado um símbolo global de tolerância e harmonia. Ele esteve internado brevemente no início de março para um check-up. Além disso, ficou hospitalizado em dezembro, por cerca de três semanas, por causa de uma infecção pulmonar. Depois, passou por uma cirurgia para remover cálculos da vesícula.
Mandela deixou a presidência sul-africana em 1999 e está afastado da política há uma década. Mas ainda é reverenciado na África do Sul e no mundo como um líder da luta contra o apartheid e pela defesa da reconciliação racial durante o exercício do mandato presidencial.
O ex-presidente tem um histórico de problemas pulmonares que datam de quando ele contraiu tuberculose, ainda como prisioneiro político. Mandela passou 27 anos numa prisão em Robben Island e em outras prisões por suas tentativas de derrubar o governo de minoria branca.
(Com agência Reuters)