
Paris, 1 jun (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi recebido nesta sexta-feira sob protestos de ativistas de vários países e organizações em Paris, onde deve participar de um jantar de trabalho com o chefe de Estado francês, François Hollande.
Os manifestantes se concentraram na ponte Alexandre III para protestar contra a visita do líder culpado, segundo eles, de praticar e estimular um modelo político de repressão e de censura dos direitos humanos, ressaltou a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), uma das organizações participantes.
A ONG defendeu, em comunicado, que Putin ‘tem agora a possibilidade de romper com o sistema repressivo construído durante seus dois primeiros mandatos em 2000 e 2008’, e lembrou o clima de contestação social ‘sem precedentes’ na Rússia.
No protesto, com gritos como ‘Putin, Bashar: basta de repressão’ e ‘Não ao veto sobre os direitos humanos’, a Repórteres Sem Fronteiras pediu ao presidente que ‘escute as reivindicações de democratização da sociedade russa e que deixe de aprovar os países mais repressivos do planeta’.
Ainda segundo a ONG, até o momento, Putin não só é responsável pela ‘decadência dramática’ das liberdades públicas em seu país há mais de uma década como, ‘graças à cumplicidade de Moscou, os massacres prosseguem na Síria e a repressão continua no Irã’.
A entidade acrescentou que desde o início da revolta na Síria, há 14 meses, a Rússia foi a grande defensora de Bashar al Assad, e boicotou até o momento as tentativas da comunidade internacional de pressionar em prol do fim da violência no país por parte das forças do governo.
Além disso, a RSF destacou que desde a revolução islâmica no Irã, em 1979, Moscou é também a principal aliada do regime dos aiatolás. EFE
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