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Putin e Erdogan dizem que morte de diplomata foi ‘provocação’

Em lados opostos do conflito na Síria, os presidentes da Rússia e da Turquia disseram que trabalham em conjunto para investigar o assassinato

Por Da redação
19 dez 2016, 22h06

O presidente russo Vladimir Putin disse nesta segunda-feira que o assassinato do embaixador Andrey Karlov, em Ancara, na Turquia, foi uma tentativa de minar os laços entre as duas nações, para retardar tentativas de acordo na Síria. Recep Tayyip Erdogan, o líder turco, afirmou concordar com Putin e insistiu que os países trabalham em conjunto para investigar o assassinato.

“O crime que foi cometido é, sem sombra de dúvida, uma provocação destinada a perturbar a normalização das relações turco-russas e o processo de paz na Síria”, declarou Putin à TV russa.”Tanto a administração russa quanto a turca são conscientes disso e não vão permitir”, afirmou Erdogan, ao repetir a declaração do russo, em entrevista coletiva.

O líder russo disse que Moscou está enviando investigadores à Turquia para averiguar o assassinato, depois que Erdogan deu luz verde para tal em um telefonema. Karlov foi baleado durante discurso em uma exposição de fotos por um policial turco de 22 anos, morto em seguida. De acordo com a imprensa turca, Putin exigiu de Erdogan a formação de uma comissão de investigação conjunta, o reforço de segurança das instalações russas na Turquia e que o corpo de Karlov seja levado a Moscou por um avião russo, pedidos aceitos pelo líder turco.

“Estamos investigando todas as hipóteses desse incidente. As relações com a Rússia são muito importantes para nós, para a região. Aviso aos que querem arruiná-las que seus esforços não terão resultados”, disse o presidente da Turquia. “Acertei mais uma vez com Putin que seguiremos com a mesma determinação de cooperação”, afirmou Erdogan. Em lados opostos do conflito sírio, Rússia e Turquia retomaram laços neste ano depois da tentativa de golpe em Ancara, quando o governo de Putin se mostrou solidário com o presidente turco.

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Alepo

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, também afirmou hoje que esse tipo de ataque não irá “estragar” as relações entre os dois países. “Todos viram como cooperamos em favor de Alepo”, disse o ministro em entrevista em Moscou, onde participará de um encontro com os chanceleres da Rússia e do Irã, na terça-feira, para analisar o cessar-fogo na Síria.

“Andrey Karlov foi um bom diplomata. Ele trabalhou duro nos dias tão difíceis depois da derrubada do avião russo”, lembrou Çavusoglu, citando o incidente de 24 de novembro do ano passado, responsável por congelar a relação entre os dois países durante meses.

(Com AFP e EFE)

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