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Putin ameaça interromper distribuição de gás para a Europa

O Kremlin enviou uma carta alertando que a dívida ucraniana com Moscou pode provocar o corte no fornecimento de gás pelos tubos que passam pelo país

Por Da Redação
10 abr 2014, 15h20

O presidente russo, Vladimir Putin, enviou nesta quinta-feira uma carta para os países membros da União Europeia (UE) alertando que o fornecimento de gás ao continente poderá ser interrompido se a dívida que o governo ucraniano tem com Moscou não for quitada. Segundo a rede BBC, a empresa estatal russa Gazprom cogita o corte no abastecimento, mas foi orientada por Putin a esperar negociações com os “nossos parceiros”, em alusão ao bloco econômico europeu. Calcula-se que a dívida ucraniana referente à compra de gás russo seja em torno de 2 bilhões de dólares.

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Os dutos que levam o gás russo para a Europa passam todos pelo território ucraniano. Putin salientou na carta que a situação “crítica” pode afetar o abastecimento ao continente, uma vez que a Gazprom foi “orientada” a “interromper completamente ou parcialmente as entregas de gás” se Kiev não realizar o pagamento das dívidas. Aproximadamente um terço do gás natural da Europa vem de Moscou e disputas anteriores entre os governos russo e ucraniano já provocaram o racionamento em diversos países do continente. A UE, no entanto, diz que possui reservas extras de gás e tecnologias capazes de driblar qualquer interrupção no fornecimento.

Direitos humanos – Por causa da anexação da Crimeia ao território russo e à crise desencadeada no Leste da Ucrânia, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (Pace, na sigla em inglês) suspendeu Moscou de todas votações da organização relacionadas a leis de proteção aos direitos humanos. A Rússia também não poderá integrar missões de observação de eleições em outros países.

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Para tentar minimizar a crise em cidades como Donetsk e Lugansk, onde prédios do governo ucraniano ainda estão ocupados por manifestantes pró-Rússia armados, Kiev comunicou que concederá anistia para todos aqueles que se entregarem e abandonarem as barricadas em frente às construções. Por diversas vezes o governo ucraniano acusou Moscou de estar por trás das invasões, coordenando as ações no Leste do país com o auxílio de agentes especiais. Após a anexação da Crimeia, a Rússia deslocou um contingente com 40.000 soldados para a fronteira com a região leste.

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Gorbachev – Políticos russos da Duma, a câmara baixa do Parlamento, protocolaram uma denúncia para que os promotores do país abram um processo contra Mikail Gorbachev, último político a governar a já extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A denúncia contra Gorbachev consiste justamente na perda de territórios que pertenciam aos soviéticos, tais como a Crimeia e o leste ucraniano. “Finalmente isso dará um ímpeto aos movimentos de liberação nacional nos territórios da antiga União Soviética”, disse um dos políticos envolvidos no processo, Yevgeny Fyodorov. Embora seja visto como um herói no Ocidente por ter sido um dos protagonistas na queda do Muro de Berlim e no fim da Guerra Fria, Gorbachev é acusado na Rússia de ter trazido uma série de problemas econômicos para a população.

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