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Putin acusa Ocidente de não levar a sério ‘linhas vermelhas’ da Rússia

Presidente russo também criticou duramente sequência de manobras da Otan, principal aliança militar ocidental, em áreas froteiriças

Por Da Redação 18 nov 2021, 17h02

Acusado de intensificar a presença militar nas fronteiras com a Ucrânia e com outros países da Otan, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou nesta quinta-feira, 18, o Ocidente de “tratar superficialmente todos os nossos alertas sobre linhas vermelhas“.

“Expressamos constantemente nossas preocupações sobre o tema, falamos sobre linhas vermelhas, mas entendemos que nossos parceiros são muito peculiares, para dizer o mínimo, e tratam todos nossos avisos e conversas sobre linhas vermelhas de maneira superficial”.

Em discurso transmitido pela TV estatal, Putin criticou duramente a sequência de manobras da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a principal aliança militar ocidental, em áreas perto de fronteiras russas. Ele mencionou a região do Mar Negro, onde manobras militares da aliança são feitas frequentemente e onde, em alguns episódios, tiros de advertência foram disparados.

“No Mar Negro, eles (Otan) ultrapassam alguns limites: seus bombardeiros estratégicos voam a cerca de 20 quilômetros de distância das nossas fronteiras. E eles, como vocês sabem, carregam armas muito sérias”, disse.

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Em abril, o presidente russo já havia usado o termo “linhas vermelhas” para alertar que Moscou responderia de forma “assimétrica, rápida e dura” quaisquer provocações, em meio ao aumento de tensões após troca de sanções e expulsões diplomáticas com países ocidentais.

Ass falas desta quinta-feira foram vistas como uma resposta direita às acusações de que os russos estão concentrando milhares de militares em áreas próximas às fronteiras ucranianas.

A Ucrânia e seus aliados acusam constantemente a Rússia de enviar tropas e armamentos através da fronteira para auxiliar os separatistas que lutam no leste do país. O Kremlin não só nega as acusações como também acusa a OTAN, chefiada pelos Estados Unidos, de realizar atividades provocativas perto de suas fronteiras.

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“A Otan tomou a iniciativa de quebrar todos os mecanismos de diálogo. Iremos, é claro, responder de forma adequada à atividade militar dos membros da Otan ao longo das fronteiras russas”, disse o presidente. 

No início de novembro, o Ministério da Defesa ucraniano alertou que cerca de 90.000 soldados russos estão alocados na região, depois de uma série de treinamentos em grande escala. Os Estados Unidos, aliados de Kiev, disseram estar atentos às movimentações feitas ao longo da fronteira, porém ressaltam que não houve nada “abertamente agressivo”.

As relações entre os dois países despencaram em 2014 após Moscou anexar a península da Crimeia, ocasionando uma guerra entre as tropas ucranianas e forças separatistas apoiadas pelos russos. Segundo estimativas do governo, cerca de 14 mil pessoas morreram no conflito. 

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A Aliança, por sua vez, diz que está determinada a defender os interesses de seus aliados e reforça o apoio à segurança dos Estados-membros próximos à Rússia após a invasão da Crimeia.

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