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Procuradores do caso Watergate apoiam impeachment de Trump

Investigadores acreditam haver suficientes evidências de abuso de poder para afastar presidente americano do cargo

Por Da Redação
Atualizado em 11 out 2019, 15h17 - Publicado em 11 out 2019, 14h21

Procuradores que atuaram na investigação do caso Watergate, que resultou na renúncia em 1974 do então presidente americano Richard Nixon, escreveram um artigo para o jornal americano The Washington Post para expressar apoio ao impeachment de Donald Trump. No texto, argumentam que o atual presidente cometeu ofensas que justificam seu impedimento e pedem ao Congresso dos Estados Unidos que deixe de lado posições partidárias para cumprir seu dever constitucional de afastá-lo da Casa Branca.

“Nós, ex-membros da força-tarefa que investigou o caso Watergate, acreditamos que exista evidência suficiente de que o presidente Trump tenha cometido ofensas passíveis de impeachment”, afirmam no texto.

Os ex-procuradores afirmam que a possível obstrução de justiça do presidente às investigações sobre a interferência russa nas eleições de 2016, a pressão de Trump ao governo ucraniano para obter benefícios eleitorais e a indisposição da Casa Branca em cooperar com o Congresso são suficientes para o impeachment.

O relatório sobre a interferência russa não seria suficiente, por si só, para seguir com a retirada do presidente do cargo, porque o ex-procurador especial Robert Mueller, encarregado do inquérito, disse que Trump poderia apenas ser processado após deixar a Presidência. Entretanto, o caso da Ucrânia é visto como o mais sólido para embasar um processo de impeachment no Congresso.

De acordo com relatório de um agente da CIA que teve acesso à conversa de Trump com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em julho passado, o presidente teria pedido ao governo ucraniano para investigar o filho do pré-candidato democrata Joe Biden por um suposto caso de corrupção envolvendo a estatal de gás. Em troca, o governo americano liberaria cerca de 391 milhões de dólares em ajuda militar ao país — a mesma que Trump havia congelado semanas antes da ligação. O dinheiro foi desembolsado no final de agosto.

“Foi em 1974 que um grupo de senadores republicanos colocou o interesse nacional à frente da lealdade partidária informando a Nixon que sua conduta era indefensável. Nós esperamos que o Senado atual coloque a honra e a integridade acima da lealdade partidária e do interesse político”, afirmaram.

Os ex-procuradores alertam que, se Trump for inocente, a Casa Branca deve oferecer todas provas possíveis para refutar a acusação em investigação, neste momento, pela Câmara dos Deputados. Trump, porém, já ditou ordem de bloqueio ao envio dos documentos pedidos e ao testemunho de funcionários e autoridades de seu governo. A atitude será tratada na Justiça americana como obstrução.

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