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Procurador retira acusação de crime sexual contra ex-governador de NY

Andrew Cuomo renunciou em agosto após investigação concluir que ele assediou sexualmente 11 mulheres

Por Duda Gomes 4 jan 2022, 17h15

O procurador distrital de Albany, David Soares, afirmou nesta terça-feira, 4, que não irá processar Andrew Cuomo, ex-governador de Nova York,  por crimes sexuais, após revisar as evidências do caso. Em outubro do ano passado, o político foi acusado criminalmente por uma ofensa relacionada a crime sexual.

“Embora muitos tenham uma opinião sobre as alegações contra o ex-governador, o gabinete do procurador do condado de Albany é o único que tem o encargo de provar os elementos de um crime além de qualquer dúvida razoável”, disse Soares em comunicado. “Embora tenhamos considerado a autora da queixa neste caso cooperativa e confiável, após a revisão de todas as evidências disponíveis, concluímos que não podemos cumprir nosso fardo no julgamento”.

Em novembro, Soares já havia pedido para atrasar a acusação contra Cuomo, e alegado que os autos no caso de contravenção violenta contra ele eram “potencialmente incompletos”.

De acordo com o relatório do procurador-geral do estado, uma ex-assistente do político disse aos investigadores que Cuomo agarrou suas nádegas durante abraços e uma foto.

Nas últimas duas semanas, o procurador distrital do condado de Westchester e o procurador distrital do condado de Nassau em Nova York também se recusaram a prosseguir com as acusações contra Cuomo. Esses casos se concentraram em diferentes alegações.

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O ex-governador renunciou em agosto antes de um possível impeachment pela Assembleia de Nova York, após uma investigação comandada pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, concluir que ele assediou sexualmente 11 mulheres e supervisionou uma tentativa de vingança contra uma das mulheres que denunciou as práticas.

Após a publicação do relatório de 168 páginas que detalhava as alegações, Cuomo passou a sofrer enorme pressão de importantes aliados democratas para deixar o posto, entre eles o presidente Joe Biden e a líder da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi. Os líderes da Assembleia Estadual também já haviam começado a redigir artigos de impeachment e pareceriam ter apoio suficiente para conseguir retirá-lo do cargo.

O relatório da procuradora levou até mesmo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a sugerir a demissão do governador.

No documento, Cuomo é acusado de ter beijado, apalpado e abraçado as mulheres sem consentimento, além de ter feito comentários inapropriados em conversas com elas. O democrata nega todas as acusações.

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A partir de depoimentos de 179 testemunhas e dezenas de milhares de documentos, o relatório também afirma que o gabinete do governador era um ambiente de medo de intimidação, formando um ambiente de trabalho hostil para muitos funcionários. Cuomo teria assediado sexualmente membros de seu próprio gabinete assim como outros funcionários públicos, incluindo uma policial, e membros do público, alega o relatório.

Durante discurso de renúncia, Cuomo citou um “golpe político” e afirmou que o relatório foi “elaborado para ser um explosivo político sobre um tópico explosivo”.

Houve uma debandada política e midiática. Mas a verdade será revelada com o tempo, tenho certeza”, disse. 

Durante o discurso, o governador recordou, mais uma vez, o que tem sido o seu mantra desde que as acusações surgiram: que as denúncias “não são fundamentadas em fatos”.

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