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Procurador-geral de Trump esteve com embaixador russo na campanha

Reportagem do jornal Washington Post revelou que Jeff Sessions teve dois encontros com o Sergei Kislyak, em julho e setembro de 2016

Por Da redação
Atualizado em 2 mar 2017, 21h48 - Publicado em 2 mar 2017, 09h28

O então senador americano Jeff Sessions, atual procurador-geral do governo de Donald Trump, conversou duas vezes com o embaixador da Rússia no ano passado, em encontros que não revelou durante sabatina no Senado, informou o jornal Washington Post. Quando perguntado sobre contatos entre a campanha republicana e autoridades russas, antes de ser confirmado como secretário de Justiça, Sessions negou as conversas.

Uma das reuniões privadas entre Sessions e o embaixador russo nos Estados Unidos, Sergei Kislyak, aconteceu em setembro de 2016, no escritório do senador, revelou o Post através de fontes no Departamento de Justiça. Naquele momento, autoridades de inteligência americanas estavam no auge das investigações que apontavam a ocorrência de uma campanha de ciberataques russos para interferir na corrida presidencial dos Estados Unidos.

A líder democrata na Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, pediu na quarta-feira que Sessions renuncie após a revelação. “Agora, depois de mentir sob juramento ao Congresso sobre suas próprias comunicações com os russos, o secretário de Justiça deve renunciar”, disse Pelosi em comunicado. “Sessions não está apto a servir como a maior autoridade da lei de nosso país”, insistiu.

Como procurador-geral, Sessions supervisiona o Departamento de Justiça americano e o FBI, que vem conduzindo investigações sobre a interferência russa nas eleições, vista de forma cética pela equipe de Trump. Quando o senador se encontrou com Kislyak, em julho e setembro, era membro do influente Comitê de Serviços Armados no Congresso, além de um dos principais assessores do magnata em relação à política externa.

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Em resposta às revelações do Post, a embaixada da Rússia nos Estados Unidos afirmou nesta quinta-feira que mantém contato frequente com “parceiros dos Estados Unidos”, que nem sempre são divulgados. “A embaixada não comenta os numerosos contatos com parceiros locais, que ocorrem de forma diária, conforme a prática diplomática”, disse o porta-voz da representação, Nikolai Lakhonin, à agência de notícias russa Interfax.

Obama

A administração do ex-presidente Barack Obama realizou esforços para divulgar informações sobre a interferência russa nas eleições americanas, antes de o democrata deixar a Casa Branca, revelou o jornal The New York Times, nesta quinta-feira. De acordo com a publicação, o governo Obama espalhou revelações sobre o caso em diferentes braços do governo, por duas razões: evitar que os ciberataques se repetissem em eleições estrangeiras e deixar rastros para que as investigações não fossem abafadas após a troca de governo.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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