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Procurador-geral de NY renuncia após denúncias de agressão a mulheres

Quatro mulheres revelaram à imprensa que foram agredidas físicamente por Eric Schneiderman quando mantiveram um relacionamento com ele

Por Da redação
8 Maio 2018, 09h38

O procurador-geral do estado de Nova York, Eric Schneiderman, anunciou na segunda-feira sua renúncia ao cargo, poucas horas depois que denúncias de agressões físicas contra mulheres foram publicadas na imprensa americana.

Schneiderman comunicou a sua decisão em uma nota pública. Ele reconhece que as acusações divulgadas na revista The New Yorker podem lhe impedir de realizar seu trabalho “neste momento crítico”.

Em um artigo publicado no site da publicação, duas mulheres denunciaram abertamente Schneiderman e outras duas fizeram acusações sob anonimato.

Mannig Barish, que alega ser sua vítimas, garantiu ter mantido uma relação com Schneiderman entre o verão de 2013 e o fim de 2015, enquanto outra mulher, identificada como Tany Selvaratnam, revelou um relacionamento com o procurador entre o verão de 2016 e o outono de 2017.

Ambas afirmam que foram agredidas por Schneiderman em várias ocasiões quando ele estava sob o efeito de bebidas alcoólicas, incluindo estrangulamentos, que entenderam como uma tentativa de dominá-las física e psicologicamente. Schneiderman, segundo as denunciantes, as ameaçava de morte caso abandonassem o relacionamento.

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“Na intimidade de relações privadas, participei de jogos e outras atividades sexuais consentidas (…), mas não agredi ninguém e jamais mantive relações sexuais não consentidas”, declarou Schneiderman em comunicado.

A renúncia ocorreu menos de quatro horas após as primeiras acusações e pouco depois que o governador do estado, Andrew Cuomo, recomendasse publicamente que ele deixasse o cargo.

Em sua breve declaração, Schneiderman afirma que “questiona firmemente” as “graves” acusações feitas contra ele. “Embora estas denúncias não estejam relacionadas com a minha conduta profissional ou ao funcionamento do meu escritório, de fato me impedirão de conduzir o trabalho do escritório neste momento crítico”, acrescenta.

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O procurador-geral de Nova York, do Partido Democrata, é uma figura crítica ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ocupou um lugar de destaque no movimento contra os abusos sexuais que surgiu no ano passado nos Estados Unidos. Ele promoveu numerosas ações legais contra medidas da administração federal ligadas ao clima, à imigração e à neutralidade na internet. Schneiderman, de 63 anos, foi eleito para o cargo em 2010.

Um dos autores do artigo na The New Yorker é o jornalista e escritor Ronan Farrow, filho de Mia Farrow e Woody Allen, e recente ganhador do prêmio Pulitzer por sua matéria sobre os abusos sexuais do produtor de Hollywood Harvey Weinstein.

(Com EFE e AFP)

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