O ex-oficial da Marinha de Guerra argentina Alfredo Astiz, 59 anos, símbolo da repressão criminosa durante a ditadura (1976-1983), foi condenado nesta quarta-feira à prisão perpétua, por crimes, torturas e sequestros, informou o Tribunal.
“Condeno Alfredo Astiz à pena de prisão perpétua por privação ilegítima de liberdade, tortura e homicídio”, foi o veredicto do Tribunal que julgava 18 militares repressores da ditadura, a maioria ex-membros da Marinha.
Astiz, conhecido como o “Anjo louro da morte”, já tinha sido condenado à prisão perpétua à revelia na França e na Itália, e é considerado um agente emblemático da repressão durante a ditadura.
O comandante Astiz, reformado em 1998 por dizer à imprensa que “mataria” e “colocaria bombas” se recebesse ordens, foi considerado culpado do desaparecimento das freiras francesas Leonie Duquet e Alice Domon, da fundadora das Mães da Praça de Maio, Azucena Villaflor, e do escritor e jornalista Rodolfo Walsh, entre outras vítimas.
O chefe de Astiz durante a ditadura, o comandante Jorge ‘Tigre’ Acosta, também foi condenado à prisão perpétua por crimes contra a humanidade.