Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Príncipe gay indiano abre seu palácio para comunidade LGBT

Manvendra Singh Gohil é o único membro da realeza indiana a se assumir publicamente e quer abrigar pessoas perseguidas por sua orientação sexual

Por Da redação
Atualizado em 11 jan 2018, 12h25 - Publicado em 11 jan 2018, 11h29

O príncipe Manvendra Singh Gohil abrirá às portas de seu palácio para que homossexuais e transexuais indianos perseguidos por sua orientação sexual possam ter onde morar.

Manvendra é o provável herdeiro do trono do antigo principado de Rajpipla, hoje localizado no Estado de Gujarat, no oeste da Índia. Ele também comanda a organização Lakshya Trust, fundada para a prevenção do HIV e da Aids entre a comunidade gay indiana.

“As pessoas ainda enfrentam muita pressão de suas famílias quando se assumem, sendo forçados a se casar ou expulsas de casa. Normalmente não tem para onde ir, nem meios para se sustentar”, afirmou em entrevista à agência Reuters.

Por isso, o príncipe de 52 anos, único abertamente gay na Índia atualmente, decidiu construir um centro para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros dentro das terras do seu palácio.

“Eu não vou ter filhos, então eu pensei, por que não usar esse espaço para um bom propósito?”, afirmou Gohil, acrescentando que irá oferecer quartos, instalações médicas e cursos de inglês e habilidades vocacionais para ajudar os homossexuais a encontrarem emprego.

Continua após a publicidade

O príncipe está renovando e ampliando seu palácio, construído em 1927, em um terreno de mais de 60 mil metros quadrados. Pretende instalar painéis solares para obter energia elétrica e reservar parte da área para a agricultura orgânica. O projeto do centro é financiado por uma campanha de arrecadação online e outras doações e administrado pela própria organização de Gohil.

Quem é

Quando se assumiu gay publicamente em 2006, Manvendra foi muito repudiado pela comunidade de Rajpipla e por sua própria família. A homossexualidade ainda é um grande tabu na sociedade indiana e as relações entre pessoas do mesmo sexo é considerado ilegal.

A seção 377 do Código Penal do país proíbe a atividade sexual que é “contra a ordem da natureza” e muitos interpretaram a cláusula como uma proibição ao sexo gay.

Continua após a publicidade

Assim que se assumiu, Gohil fundou sua organização e, desde então, é referência na luta contra a homofobia na Índia. Foi destaque na imprensa internacional e chegou a participar, inclusive, do programa The Oprah Winfrey Show e de um reality show da emissora BBC.

As famílias reais indianas governavam diversos principados durante o Império Britânico. Porém, após a independência em 1947, aceitaram integrar-se à União Indiana. Em 1968, todos os títulos de nobreza foram invalidados, mas ainda assim os nobres mantiveram seus privilégios, assim como um papel protocolar.

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.