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Primo da rainha Elizabeth II é condenado a prisão por assédio sexual

Simon Bowes-Lyon, de 34 anos, admitiu o crime ocorrido no ano passado em um castelo na Escócia

Por Da Redação Atualizado em 23 fev 2021, 16h10 - Publicado em 23 fev 2021, 15h57

Simon Bowes-Lyon, um aristocrata britânico e primo distante da rainha Elizabeth II, foi condenado nesta terça-feira, 23, a dez meses de prisão por invadir o quarto de uma mulher e tentar estuprá-la. O crime de assédio sexual ocorreu em fevereiro do ano passado, na residência de sua família, o Castelo de Glamis, em Angus, no leste da Escócia.

Bowes-Lyon, que se define como um fazendeiro, admitiu as acusações de ter apalpado os seios da mulher de 26 anos, sem permissão, prendendo-a contra a parede e a cama e de ter tentando beijá-la à força. Embriagado, ele invadiu o quarto da vítima dizendo ser o “Monstro de Glamis”, referindo-se a uma lenda familiar sobre uma criatura assustadora que viveria presa no castelo real.

Uma avaliação psicológica feita durante o julgamento concluiu que há um “risco médio” de que ele tente cometer outro crime de natureza sexual, impossibilitando que ele cumprisse penas alternativas, como a prestação de serviços comunitários. Além da pena de reclusão, Boews-Lyon terá seu nome gravado no registro de ofensas sexuais do Reino Unido por dez anos.

Castelo de Glamis, em Angus, na Escócia
Castelo de Glamis, o local do crime (Dea M Borchi/Getty Images)

Conhecido como “Sam”, o homem de 34 anos é parente da família real por parte paterna. Amante de carros velozes, costuma passar férias com estrelas de reality shows e foi eleito um dos 50 solteiros mais cobiçados do Reino Unido pela revista Tatler em 2019. Seu pai, o falecido Michael Bowes-Lyon, era sobrinho-neto de Elizabeth, mãe de Elizabeth II. Simon, inclusive, marchou junto ao Príncipe William ao lado do caixão da “Rainha Mãe”, em seu funeral, em 2002.

Segundo relatos da vítima, que não foi identificada por razões legais, o ataque durou cerca de 20 minutos a partir do momento em que Bowes-Lyon bateu a sua porta. O assédio deixou sequelas psicológicas para a vítima, que diz seguir tendo pesadelos. “Estou muito envergonhado de minhas ações, que causaram tanta angústia a um hóspede de minha casa”, admitiu o membro da família real. Ele alegou que estava “muito bêbado” naquela noite, mas que isso “não era desculpa”.

“Eu não achei que era capaz de fazer algo assim, mas preciso encarar que sou e lidar com as consequências. Minhas desculpas vão, acima de tudo, à mulher envolvida no ataque, mas também à minha família e amigos, pelo que têm passado por causa do que eu fiz”, disse, diante do tribunal.

“Você a agrediu diante de repetidos protestos para parar e repetidamente impediu o reclamante de fugir. A força, agressividade e persistência que utilizou são preocupantes. A sentença deve refletir a gravidade deste crime e a necessidade de punição para expressar adequadamente a desaprovação da sociedade”, rebateu o xerife de Dundee, Alastair Carmichael, durante o julgamento, segundo relato do diário The Times.

O advogado do acusado, John Scott, disse que seu cliente expressou remorso genuíno por seu comportamento, o que amenizou sua pena de 15 para 10 meses . “Ele não deseja ser tratado melhor do que ninguém e nem deveria ser. Nem deve ser tratado pior. Ele reconheceu que fez algo muito ruim e está arrependido”, afirmou.

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